COTIDIANO

Ativistas fazem protesto em frente ao Carrefour de Osasco por morte de cão

Manchinha, como era conhecido, morreu no final de novembro. Segurança do supermercado é suspeito de maus-tratos

Publicado às 9h20

G1 São Paulo

Ativistas ambientais fizeram um protesto na tarde deste sábado (8) em frente ao Carrefour de Osasco, na Grande São Paulo. Um cachorro abandonado, conhecido como Manchinha, morreu no dia 30 de novembro, após ser ferido por umsegurança do supermercado.

Um vídeo divulgado nesta semana mostra o segurança com uma barra espantando o cão. O segurança é suspeito de maus-tratos.

No protesto, os manifestantes se reuniram em frente ao mercado por volta das 15h. Alguns levaram cachorros para o ato e seguram cartazes pedindo justiça.

Carros que passam em frente ao local foram abordados. O evento foi organizado pelas redes sociais e tinha 12 mil pessoas confirmadas.

Em nota, o Carrefour disse que “se reuniu com diversas ONGs e entidades que atuam com a causa animal, ouvindo suas solicitações e recomendações para a construção de iniciativas em prol da causa”.

O supermercado também elencou ações que tomará após a morte de Manchinha: revisão dos treinamentos de colaboradores, parceiros e prestadores de serviço; ampliação das feiras de adoção de animais em todo o país. Além disso, disse que criará o “Carrefour Pet Day” no dia da morte da cachorra, “quando apoiará com recursos entidades de acolhimento e defesa animal”.

Investigação

O segurança do supermercado Carrefour em Osasco, na Grande São Paulo, que aparece num vídeo espantando um cachorro abandonado com uma barra, na semana passada, alegou na última quinta-feira (6), em depoimento à Polícia Civil, que não quis ferir o animal. Ele é investigado por suspeita de maus-tratos.

Imagens mostram o cão sangrando na pata traseira esquerda antes de ser laçado e levado por funcionários da prefeitura para uma unidade de socorro, onde morreu. Segundo a veterinária que o atendeu disse à investigação, Manchinha, como o bicho era conhecido, entrou em óbito em decorrência de hemorragia.

Por meio de nota enviada na noite desta sexta-feira (7) ao G1, a assessoria de imprensa da Secretaria da Segurança Pública (SSP) informou que o segurança do supermercado, que não teve o nome divulgado, “declarou em seu depoimento que acertou o cão com a barra de alumínio de forma não-intencional no estacionamento da loja.”

Ainda, segundo a pasta da Segurança, o segurança do Carrefour “teria usado a barra para bater no chão com objetivo de afugentar o cão e só percebeu que tinha acertado o animal quando este voltou à loja já sangrando.”

O segurança ainda declarou à investigação que só foi retirar o animal do local após ordens de cima. “Segundo ele, o animal rosnou ao ser retirado da área interna da loja pelo funcionário, que alegou ter feito isso a pedido de seus superiores”.

O caso Manchinha repercutiu nas redes sociais. A Delegacia de Polícia de Investigações Sobre o Meio Ambiente investiga o que pode ter causado a morte do bicho e as eventuais responsabilidades por ela.

Entre as prováveis hipótese estão: um corte na pata traseira do cachorro causado pela barra usada pelo segurança; um enforcador usado por um funcionário da prefeitura para laçar o pescoço do bicho, asfixiando-o, ou ainda se ele foi envenenado ou atropelado.

Abuso

O segurança está em liberdade e deverá responder futuramente por abuso a animais, que está previsto no artigo 32 da Lei número 9.605/98 de Crimes Ambientais. São enquadrados nesse artigo da lei quem fere ou mutila animais domésticos, silvestres, nativos ou exóticos. Se condenado, o agressor pode receber pena de detenção de três meses a um ano, além de multa.

Em tese, o segurança do Carrefour poderá ser indiciado, isto é, responsabilizado formalmente pelo crime. O G1 não conseguiu localizar a defesa do investigado para comentar o assunto.

“A Delegacia de Investigações sobre o Meio Ambiente deve concluir o inquérito na próxima semana, após oitiva de mais três testemunhas, e encaminhar ao poder judiciário”, informa outro trecho da nota da Segurança Pública. Mais de 20 pessoas já foram ouvidas.

Por conta da repercussão do caso, a delegada Silvia Fagundes não está dando mais entrevistas sob a alegação de que isso pode atrapalhar a investigação.

 

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