Publicado em 15/01, às 11h40
Por Priscila Perez
Crianças e adolescentes com Transtorno do Espectro Autista (TEA) terão direito a sessões de cinema totalmente adaptadas a eles, com luzes levemente acessas e volume de som reduzido. É o que diz a Lei 17.272/20, de autoria do vereador Rinaldi Digilio, sancionada nesta quarta-feira, 15 de janeiro, pelo prefeito Bruno Covas.
Segundo ela, dentro de 90 dias, quando entrará em vigor, todos os cinemas da capital deverão oferecer ao menos uma sessão por mês a jovens autistas e suas famílias. Em caso de descumprimento, o estabelecimento infrator será multado em até R$ 10 mil e poderá ser interditado – se reincidente.
Pela nova regra, será autorizada a circulação de espectadores dentro da sala, assim como a entrada e saída durante a exibição do filme. A lei também impede a veiculação de publicidade nessas sessões. “As sessões deverão ser identificadas com o símbolo mundial do espectro autista, que será afixado na entrada da sala de exibição.”
O parlamentar conta que o projeto surgiu após uma mãe relatar que o filho, fã dos Vingadores, não poderia ir ao cinema, pois o escuro e o som alto incomodavam muito o garoto. “São Paulo conta com um contingente estimado de quase 250 mil autistas, que não conseguem ir ao cinema, com exceção a projetos especiais”, relata o vereador.
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