Publicado em 22/12/2021 às 9h30
por Redação/via Folha de S.Paulo
Moradores da Brasilândia protestaram na tarde da última terça-feira, 21 de dezembro, contra a fome, o desemprego e o encarecimento do custo de vida. Foram, ao todo, 15 protestos simultâneos em regiões periféricas da capital. A “Marcha contra a Fome” aconteceu nas favelas de Heliópolis e Paraisópolis, em São Mateus, Grajaú, Capão Redondo, Jardim Caraguatá, Vila Prudente, Tucuruvi, Sapopemba e Cidade Ademar.
O protesto também se estendeu ao centro da cidade, ocorrendo em frente à Bolsa de Valores, onde o Touro de Ouro esteve em novembro passado (em alusão à estátua encontrada em Wall Street, em Nova York). No lugar da fartura, os participantes ostentaram “panelas vazias e ossos”, além de faixas de protesto. Em cada ponto onde ocorreu a marcha, foi lida uma carta aberta sobre a desigualdade no país, intensificada pela pandemia.
“É nas periferias e nas comunidades favelizadas onde a fome mais pesa e impacta as pessoas. O povo não suporta mais tanta miséria, não aguenta mais ver aumentar a quantidade de bilionários enquanto passa fome. Comida tem, os supermercados estão cheios, o que falta é dinheiro para comprar”, dizia o manifesto.
Vale lembrar que na região da Brasilândia um caso recente chamou a atenção dos paulistanos: um homem de 49 anos foi detido ao ter sido flagrado furtando carne seca, dois tabletes de chocolate e nove pacotes de suco em pó em um supermercado. Pai de seis filhos e desempregado, ele tentava passar pelo caixa com os itens escondidos entre as roupas, mas acabou descoberto e preso pela Polícia Militar. O valor total da compra era de R$ 231,43.
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