Publicado às 9h40
Folha de SP
O futuro ministro da Justiça, Sérgio Moro, anunciou nesta segunda-feira (26) a criação de uma secretaria de operações integradas para coordenar ações policiais em nível nacional.
Basicamente o órgão —que será comandado por Rosalvo Franco, ex-superintendente da Polícia Federal no Paraná— vai atuar no combate ao crime organizado.
Moro anunciou ainda Fabiano Bordignon como diretor do Depen (Departamento Penitenciário Nacional). Eles trabalharam juntos em Catanduvas (PR).
A secretaria vai coordenar a atuação das polícias estaduais e federal, “respeitando autonomia dos Estados e do Distrito Federal”, disse ele.
“Resolvemos, na discussão do organograma —ainda não é uma questão totalmente fechada com todas as áreas do governo—, mas a ideia é que, dentro do Ministério da Justiça e Segurança Pública haja a secretaria de operações policiais integradas”, disse Moro.
“A ideia da secretaria é poder coordenar operações policiais a nível nacional. Hoje muitos grupos e atividades criminosas transcendem as fronteiras estaduais”, afirmou.
Segundo ele, o combate “já é feito de certa maneira dentro do Ministério de Segurança Pública, mas a criação de uma secretaria específica para isso é oportuno”.
Moro anunciou ainda Fabiano Bordignon como diretor do Depen (Departamento Penitenciário Nacional). Eles trabalharam juntos em Catanduvas (PR).
Moro destacou que a função é estratégica. “Sabemos que presídios constituem problema. Não podemos generalizar, a situação é diferente em cada estado”, afirmou.
“Sabemos que os presídios constituem situação de problema devido à superlotação e à fragilidade de certos presídios. Não podemos generalizar porque a situação em cada presídio é diferente”, disse.
“E sabemos que existem organizações criminosas centradas em alguns desses presídios”, acrescentou.
Segundo Moro, havia uma expectativa de que um agente penitenciário ficasse à frente do Depen, mas, apesar de não chefiar o órgão, a categoria terá “papel fundamental”.
Ele disse ainda que a pasta vai discutir a necessidade de construir novos presídios e melhorar a parte estrutural dos já existentes.
Segundo Moro, a criação do novo órgão aliviaria a Senasp (Secretaria Nacional de Segurança Pública), que ficaria responsável apenas pela “super-estrutura”: gestão e implantação do Susp (Sistema Único de Segurança Pública).
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