Publicado em 24/01/2022 às 9h50
por Redação/ SECOM
O número de pessoas vivendo nas ruas de São Paulo cresceu mais de 31% em relação a 2019. Antes da pandemia, eram 24,3 mil cidadãos em situação de rua. Hoje, esse total subiu para quase 32 mil. Esses dados fazem parte do novo Censo da População de Rua de São Paulo.
Com base na pesquisa, que foi encomendada pela Prefeitura ao instituto Qualitest, o perfil da população sem-teto de São Paulo é de homens, por volta dos 41 anos, pretos ou pardos. Mas, devido à pandemia, também cresceu o número de famílias que foram morar nas ruas da cidade. Dos 31.884 moradores de rua contabilizados, 28% vivem com ao menos um familiar, o equivalente a 8.927 pessoas nessa situação.
Além disso, das regiões que mais concentram pessoas em situação de rua na cidade, a Subprefeitura Mooca teve o maior crescimento nos últimos dois anos: de 1.419 pessoas, a região passou para 2.254, o equivalente a 170% de aumento. Já a Subprefeitura da Sé, na região central, teve um aumento de 973 pessoas. A pesquisa ainda identificou um aumento da população de rua em regiões mais periféricas da cidade, como Perus, Vila Maria, Vila Guilherme e Santana-Tucuruvi, na zona norte. Ao todo, 14 distritos mais afastados do centro apresentaram um crescimento superior a 100% no número de pessoas que vivem nas ruas, segundo a Prefeitura de São Paulo. Em um ritmo ainda mais acelerado, o número de moradias improvisadas sofreu um boom de 330% entre 2019 e 2021, saltando de 2.051 barracas para 6.778 em dois anos.
Segundo os analistas da Qualitest, tanto o crescimento expressivo do número de barracas, quanto o de pessoas afirmando considerar que estão nas ruas com alguém de sua família, são resultados importantes para se chegar à conclusão de que houve “a provável ida de um perfil mais familiar” para a situação de rua, possivelmente por motivação econômica.
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