Publicado em 22/03/2022 às 10h12
por Redação
As causas do acidente ocorrido no canteiro de obras da Linha 6-Laranja na Marginal do Tietê ainda não foram esclarecidas mais de um mês após o episódio. Em fevereiro, o governo paulista anunciou que técnicos do IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas) apurariam o caso. Entretanto, até agora, o contrato com o instituto, que ficaria responsável por periciar o local de forma independente, ainda não foi concretizado.
No último dia 3, o promotor de Justiça Marcus Vinicius dos Santos, da promotoria de Habitação e Urbanismo, solicitou ao IPT a cópia do contrato com o governo de São Paulo e recebeu como resposta do instituto que os trâmites administrativos ainda estão em negociação. A Secretaria dos Transportes Metropolitanos admite que os trâmites para a formalização do contrato estão na fase final. Porém, apesar do atraso, técnicos do instituto já estiveram no local e tiveram acesso a todas as informações necessárias sobre o acidente. Não há, porém, qualquer cronograma de divulgação das causas do acidente ou detalhamento das atividades realizadas até agora.
O caso também está sendo apurado pela Polícia Civil. Por enquanto, foram ouvidos dois engenheiros, um carpinteiro e um soldador, todos funcionários da Acciona – a empresa espanhola responsável pela construção da Linha 6. Os quatro estavam no canteiro de obras na hora do acidente. Ainda foram solicitados à empresa vários documentos relacionados ao caso, como projetos de engenharia e informações sobre as tuneladoras. Porém, até agora, nada disso foi encaminhado. A STM, embora confirme que o contrato ainda não tenha sido assinado, afirma que “não impede o avanço dos trabalhos”.
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