Publicado às 9h30
Agência Estado
Caiu a quantidade de roubos registrada em cidades do Estado de São Paulo ao longo do mês de abril deste ano na comparação com o mesmo período do ano passado. Em abril deste ano aconteceram 20.778 casos, o equivalente a 692 por dia – em abril de 2018, o número era de 759 roubos diários. Os registros incluem desde pequenos roubos de celular cometidos contra pedestres à invasão domiciliar e contra estabelecimentos comerciais.
Os dados foram divulgados na última sexta-feira, 24, pela Secretaria da Segurança Pública. Os números referentes a roubos de veículo, a banco e de carga também registraram redução. A queda também foi notada em crimes como homicídio, onde a quantidade de vítimas foi reduzida em 3%, e latrocínio (-42%).
O coronel Alvaro Camilo, secretário executivo da Polícia Militar, disse ao Estado que dois fatores explicam a melhora no cenário da segurança: serviço de inteligência e operações. Ele cita as operações SP Mais Seguro e Rodovia Mais Segura como exemplos de ocasiões em que o policiamento é reforçado nas ruas. “Nesses dias, o efetivo praticamente dobra, o que tem efeito principalmente sobre o crime de roubo”, diz.
O trabalho de investigação, acrescenta Camilo, permite que a Secretaria identifique as chamadas “manchas criminais”, áreas nas cidades em que o crime é mais frequente. “O efetivo tem sido deslocado para onde o risco de o crime acontecer é maior. Isso tem permitido uma pronta-resposta eficaz.”
Por outro lado, os registros de estupro voltaram a crescer, com 1.018 casos ao longo do mês de abril no Estado, alta de 6%. Os furtos gerais também tiveram alta, chegando a 44 mil casos em 30 dias. Camilo estima que cerca de 40% desses registros sejam referentes a furtos de celular.
Capital tem alta de assassinatos
A cidade de São Paulo voltou a ter aumento de homicídios em abril. Foram 59 assassinatos ante 56 no mesmo período do ano passado. Essa é a segunda alta mensal consecutiva na capital. A Secretaria da Segurança não apresenta uma causa específica para o aumento. O coronel Camilo não acredita que a alta tenha grande relevância. “Quando estamos com números baixos fica cada vez mais difícil reduzir. Não vemos essa alta como indicativa de alguma tendência.”
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