Publicado em 11/03/2022 às 10h
por Redação/via Folha de SP
Alunos com deficiência estão tendo dificuldades para acompanhar as aulas nas escolas da rede municipal. Segundo relatos de pais, o número de agentes de apoio em salas de aula, que ajudariam seus filhos a se locomoverem, se alimentar e fazer as atividades, é insuficiente. O problema atinge crianças e adolescentes de todas as regiões da cidade, inclusive da zona noroeste. Em uma carta que integra a representação da vereadora Silvia Ferraro (Psol) junto ao Ministério Público de São Paulo, uma mãe relata a ausência de profissionais para auxiliarem os alunos que necessitam de cuidados especiais na EMEF Gabriel Sylvestre Teixeira de Carvalho, no Parque Maria Domitila.
Em outra carta endereçada ao deputado estadual Carlos Giannazi, que também integra uma representação protocolada no MP, há o relato de que o único elevador do CEU Perus está interditado desde 2019. Em fevereiro de 2020, moradores da região fizeram um abaixo-assinado com 116 assinaturas solicitando o reparo do equipamento, mas não houve resposta. Quase três anos depois é que o processo licitatório para a manutenção do elevador está em andamento, mas ainda não há previsão para que o reparo aconteça.
Apoio em sala
Para auxiliar os alunos com deficiência, a Secretaria Municipal de Educação (SME) deve disponibilizar nas escolas professores de apoio e de atendimento educacional especializado, auxiliares de vida escolar e estagiários do “Aprender sem Limites”, programa de estágio remunerado da Prefeitura. De acordo com a pasta, a rede municipal tem hoje 18,2 mil alunos com deficiência ou transtornos do espectro autista (TEA) e cerca de quatro mil profissionais para auxiliá-los– isso significa que cada um deles atenderia até cinco alunos. Mas nem sempre isso é possível, já que cada estudante tem uma demanda diferente.
A solução da SME para contornar o problema é o recrutamento de até seis mil estagiários, cujo processo seletivo já está em curso. Os estudantes de pedagogia e licenciaturas, como letras, matemática, geografia e história, devem reforçar a rede de apoio aos alunos muito em breve.
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