Publicado em 18/03, às 12h30
Por Priscila Perez
O ano letivo mal começou, mas as aulas logo mais estarão integralmente suspensas na capital. Por medida de segurança, as redes estadual e municipal de Educação anunciaram a interrupção de suas atividades por tempo indeterminado, a depender da evolução da epidemia de coronavírus em São Paulo. Esta indefinição, entretanto, é o principal desafio a ser superado pelas autoridades educacionais do Estado. Isso porque, quanto mais tempo os estudantes ficarem longe das escolas, mais difícil será cumprir o ano letivo em 2020.
Se as férias forçadas durarem apenas 15 dias, as 800 horas previstas (o equivalente a 200 dias) poderão ser executadas em dias úteis. Mas se a quarentena durar mais tempo, o poder público será obrigado a estender o ano letivo para janeiro de 2021, embolando o calendário escolar. Uma das soluções seria repor as aulas aos sábados, mas tudo depende do avanço (ou não) do coronavírus.
Para não comprometer o processo de aprendizagem, o governo estadual anunciou na última segunda-feira um aplicativo gratuito para que os estudantes, impedidos de frequentarem a escola, possam ter acesso a atividades educativas durante o período de recesso. Porém, ainda não há definição sobre a validade desse conteúdo para o cálculo do ano letivo.
Esse imbróglio será discutido nesta quarta-feira, 18 de março, pelo Conselho Estadual de Educação de São Paulo (CEE), órgão normativo, deliberativo e consultivo do sistema educacional paulista. Uma das propostas defendidas pelo colegiado é cumprir até 20% da carga horária do ensino médio na modalidade de ensino a distância. Para o ensino fundamental (do sexto ao nono ano), a ideia é documentar todas as atividades desenvolvidas remotamente pelos alunos.
Suspensão das aulas
A decisão conjunta entre Prefeitura e Governo de São Paulo afeta 3,5 milhões de alunos da rede estadual e 1 milhão de estudantes da rede municipal. O Centro Paula Souza e as Escolas Técnicas Estaduais (Etecs) também vão suspender as aulas presenciais.
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