REGIONAL

Novo jardim de chuva na Gastão Vidigal levanta debate sobre presença de moradores de rua no canteiro central

Publicado em 13/01/2022 às 9h30

por Redação

O canteiro central da Avenida Doutor Gastão Vidigal, na Vila Leopoldina, virou refúgio para moradores em situação de rua, principalmente pela proximidade com a Ceagesp – principal centro de abastecimento do Estado. Por quase toda a sua extensão, é possível ver barracas improvisadas, feitas de papelão, sacos plásticos e madeira. O local, além de ser ponto de alagamentos constantes durante as chuvas de verão, concentra muito lixo.

Foto: Reprodução/BandNews FM

Lidar com as enchentes parece missão impossível para o poder público, mas a questão social segue como um problema sem fim na região da Leopoldina. Na avenida, os dois fatores se misturam numa problemática ainda maior. A construção de um jardim de chuva no canteiro central da via, para amenizar esses alagamentos que chegam a invadir o entreposto, faz todo o sentido sob o ponto de vista “antienchente”. Entretanto, não se pode ignorar a população de rua, ainda mais durante uma pandemia. Para o padre Julio Lancellotti, da Pastoral do Povo de Rua, em entrevista recente ao jornal Folha de SP, a obra também gera preocupação por retirar os moradores de rua da área sem dar alternativas a eles. O jardim não é considerado uma “arquitetura hostil”, termo utilizado para intervenções que afastam a população mais vulnerável de áreas públicas, mas a polêmica segue em alta e longe de uma solução.

Vale destacar que o jardim de chuva tem a função de ampliar a permeabilidade do solo, minimizar os efeitos do escoamento superficial e reter a água. Além de coletar e segurar as águas, ele contribui para a minimização dos efeitos de enchentes e alagamentos.

Histórico

Em fevereiro do ano passado, Lancellotti apareceu na mídia ao denunciar pedras que foram colocadas pela Prefeitura de São Paulo em um viaduto da zona leste. O padre usou uma marreta para retirá-las. Na sequência, a administração municipal retirou todas elas ao custo de R$ 48 mil. Gradis e divisórias são ainda mais comuns na cidade. Contra esse tipo de obra, um projeto de lei, de autoria dos vereadores Toninho Vespoli (PSOL) e Eduardo Suplicy (PT), já foi aprovado em primeiro turno na Câmara Municipal. Outro projeto com o mesmo objetivo já passou pelo Senado e está agora em discussão Câmara dos Deputados.

 

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