Publicado em 14/11, às 12h
Por Priscila Perez
Mesmo parada há mais de três anos, a construção da Linha 6-Laranja do Metrô segue consumindo milhões por ano. Segundo consórcio Move São Paulo, cuja participação na obra foi comprada nesta semana pela empresa espanhola Acciona, cerca de R$ 3 milhões são gastos todos os meses com a manutenção dos equipamentos, inclusive o “tatuzão”, e monitoramento dos canteiros de obras existentes.
Ao visitar um deles, o secretário estadual de transportes metropolitanos, Alexandre Baldy, conferiu a condição do local, ao lado da Marginal do Tietê, onde há um fosso de mais de 30 metros de profundidade. Apesar da paralisação, o canteiro de obras encontra-se em bom estado, sem sinais de abandono. Apenas as plantas do entorno, que cresceram nesses três anos, sinalizam que a obra não avançou. Também há um sistema de bombeamento para drenar a água da chuva. Mas também há reclamações frequentes de vizinhos sobre o descarte clandestino de lixo e entulho em terrenos como esse.
Se a aquisição pela Acciona for ratificada pelo governo estadual, muito em breve veremos o tatuzão perfurando os futuros túneis da Linha Laranja por ali. Entretanto, o equipamento (shield), que atualmente está desmontado e coberto por lonas, passa por manutenção regular. Suas peças são ligadas diariamente para mantê-las em bom estado. Outros equipamentos eletrônicos também recebem tratamento para evitar o acúmulo de umidade em seus circuitos. Tudo isso consome dinheiro mesmo com a obra paralisada.
Cronograma?
O Governo do Estado ainda irá analisar a compra dos direitos de construção e exploração da Linha 6- Laranja pela Acciona. Após o processo, será estabelecido um cronograma para a retomada das obras, que até o momento seguem sem prazo. Segundo o secretário, a transação já está na fase final. Falta analisar a documentação para que a Gestão Doria aprove o negócio.
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