Publicado às 11h
Por Priscila Perez
Basta observar as torres altas, novinhas em folha, que surgem no bairro da Água Branca, na zona noroeste da cidade, para entender a apreensão de seus moradores. Até 2016, antes da atual Lei de Zoneamento da cidade, o bairro contava com prédios de quatro andares, sem subsolo de garagem. Mas agora a realidade é outra: a nova legislação permite a construção de edifícios com mais de 25 andares.

Essa mudança repentina no cenário da região tornou-se motivo de preocupação devido a uma possível interferência no Parque da Água Branca, que é tombado pelo patrimônio histórico. Há quem acredite que esses novos empreendimentos, localizados no entorno da área verde, possam afetar a vegetação e suas nascentes.
Verticalização no bairro
Em crescente expansão – inclusive imobiliária –, a área reúne de tudo um pouco: corredores de ônibus, shoppings, uma avenida movimentadíssima como a Francisco Matarazzo, linhas de trem e metrô, além do próprio Terminal Barra Funda. E no meio disso tudo está o Parque da Água Branca. A pergunta que fica é em relação à lei: por que a Prefeitura autorizou a construção de espigões em uma área protegida? A tal proteção, chamada de Área Envoltória, só se aplica no perímetro do parque, ou seja, em terrenos localizados na mesma quadra. É por isso que os demais quarteirões da Água Branca seguem se verticalizando.

A associação já acionou o Ministério Público, que irá apurar o caso. E você, leitor, o que acha da verticalização no bairro?

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