Publicado em 19/03, às 9h40
Por Priscila Perez
Diante de um possível colapso nos bancos de sangue de São Paulo, cujos estoques estão praticamente vazios, os alunos da Escola Superior de Soldados, em Pirituba, não hesitaram em ajudar e mobilizaram toda a corporação em prol da doação de sangue. Iniciado na última quarta, o mutirão ocorre dentro da própria unidade, localizada na Av. Dr. Felipe Pinel, com a participação de 200 policiais militares. As coletas seguem até a próxima sexta-feira, 20, numa estrutura montada pelo governo estadual.
O objetivo da campanha é abastecer o Hemocentro de São Paulo, cujo estoque está em nível crítico – com apenas 10% de sua capacidade – devido à epidemia de coronavírus. “Eles pediram nosso apoio e, de pronto, nós aceitamos”, explica o capitão Alex Rodrigo Queiroz, porta-voz da Escola Superior de Soldados. Segundo ele, o mutirão poderá ser estendido para a semana seguinte.
Para se ter ideia, a Fundação Pró-Sangue é responsável pelo abastecimento de mais de 100 instituições de saúde da rede pública. De acordo com o órgão, os sangues do tipo O+, O- e B- estão em estado de emergência, ou seja, garantem o abastecimento por apenas um dia. Já as bolsas de sangue A- e A+ só conseguem atender à solicitação dos hospitais por apenas dois dias. Por medo de contrair o Covid-19, a população tem ficado em casa, em isolamento, e não está doando sangue. “Se existe um lugar protegido é o banco de sangue”, esclarece o médico David Uip, coordenador do Centro de Contingenciamento para o Coronavírus em São Paulo.
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