Publicado em 03
Por indicação de um denunciante, a Polícia Civil descobriu uma fábrica clandestina de álcool em gel adulterado no Jaraguá, zona noroeste da capital. O local foi interditado na madrugada desta quinta-feira, 2 de abril, e o dono do imóvel, um homem de 33 anos, foi preso em flagrante por “suspeita de falsificação do produto” – principal item de higienização contra o coronavírus.
Durante a batida policial, foram encontrados 11 galões de 50 litros de um líquido não identificado, geralmente usado para produzir produtos cosméticos, como gel de cabelo e shampoo, e 375 frascos adulterados, que seriam vendidos a R$ 10 cada um. Segundo a Delegacia de Investigações Sobre Entorpecentes (Dise) de Osasco, o denunciante anônimo relatou à polícia que o falsificador havia confirmado a ele que “os produtos falsificados seriam vendidos à população durante a pandemia”.
Álcool em gel: consumidor pode denunciar abusos ao Procon-SP
Com o avanço dos casos de Covid-19 em São Paulo, a busca por álcool em gel em supermercados, lojas de conveniência e farmácias aumentou drasticamente. Em tempos de pandemia, o item se tornou essencial para evitar a contaminação pelo vírus. A corrida resultou em prateleiras e estoques vazios tanto em lojas físicas quanto nos principais canais de venda virtuais. Desse modo, devido à sua raridade e alta demanda, o preço ainda tem oscilado bastante em toda a capital, apesar do governo paulista ter firmado um acordo com supermercados e farmácias para que ofereçam álcool em gel a preço de custo.
Por isso, é fundamental que o consumidor denuncie ao Procon-SP a venda do produto por valores acima dos praticados no mercado. O preço abusivo é uma infração ao artigo 39 da Lei Federal nº 8.078/90, do Código de Defesa do Consumidor (CDC). No site do órgão (www.procon.sp.gov.br), a orientação é que o paulistano denuncie os abusos nas redes sociais, indicando o endereço do local. O perfil do Procon-SP (@ProconSP) deve ser incluído na postagem. Além disso, o consumidor também pode recorrer ao aplicativo Procon-SP, disponível para Android e iOS.
No período de janeiro a março, o órgão percorreu estabelecimentos comerciais para verificar o preço do álcool em gel praticado em todo o Estado. Dos 532 fiscalizados, 400 foram notificados e tiveram que apresentar suas notas fiscais para comprovar os valores de compra junto ao fornecedor e venda ao consumidor final.
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