Publicado em 26/06/2023 às 10h
por Redação
A revisão do Plano Diretor da cidade, que deve ser votada em caráter definitivo ainda hoje, 26 de junho, pelos vereadores da capital, apresenta mecanismos que podem ampliar e acelerar ainda mais a verticalização na região da Lapa, possibilitando a construção de espigões ao redor dos eixos de transporte. Segundo estimativas do laboratório Arq.Futuro de Cidades do Insper, a área onde será permitido construir prédios mais altos, sem limite de altura, poderá chegar a 4,4 km², o equivalente a 410 campos de futebol (aumento de 16.039%).
Esse salto se deve à atual configuração da região que, por conta do Arco Tietê, um projeto de intervenção urbana do qual a Lapa faria parte, não apresenta os chamados Eixos de Estruturação da Transformação Urbana, que ficam no entorno das estações de trem, metrô e corredores de ônibus e podem ser verticalizados. Com o PIU ativo, não haveria a necessidade de utilizar esse tipo de mecanismo para estimular a ocupação da área, mas como o projeto não vingou a Prefeitura espera ativar os eixos de transporte para potencializar as transformações. A mudança, entretanto, não será automática, mesmo com a aprovação do PDE, e deverá ser discutida durante a tramitação da Lei de Zoneamento. Vale lembrar que o impacto dessa medida vai além da própria verticalização, já que com os espigões os bairros terão mais pessoas circulando e, consequentemente, mais trânsito. A pergunta que fica é se a Lapa tem a infraestrutura necessária para dar conta disso.
Perímetro expandido
O perímetro de influência ao redor dos eixos de transporte proposto pela Prefeitura é de 800 metros – dos atuais 600. Inicialmente, a ideia era permitir a verticalização num raio de mil metros, mas a proposta foi duramente criticada por especialistas e pela própria população.
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