Publicado em 24/01, às 11h20
Por Priscila Perez
Enquanto 22 % dos paulistanos só dizem sair de casa por motivos inescapáveis, como trabalho e estudo, os moradores da zona oeste da capital estão mais dispostos a bater perna. É o que aponta a pesquisa realizada pela Seade (Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados).
Entre aqueles que não saem de casa, nem aos finais de semana, há três explicações: falta de dinheiro, poucas opções de lazer e preferência por ficar no conforto do lar. Esta inclinação mais caseira é observada em diversos bairros da zona norte como Freguesia do Ó, Brasilândia, Pirituba, Jaraguá, São Domingos, Perus e Anhanguera, que reúnem a maior proporção dos que preferem ficar em casa (29%).
Mas em distritos como Lapa, Barra Funda, Perdizes e Leopoldina, as numerosas opções de lazer e cultura incentivam a população a desbravar cada pedacinho dos bairros. Aliás, a maioria dos deslocamentos é feita a pé (42,5%) ou por carro (28%). Nesses locais, a vida noturna agitada, com bares, cinemas, teatros e restaurantes, também serve de estímulo para curtir o que a zona oeste tem a oferecer.
A região integra o chamado “centro expandido”, que concentra a maior parcela da população com ensino superior, renda e trabalho forma. Fazem parte deste grupo os seguintes bairros: Sé, Bela Vista, Bom Retiro, Cambuci, Consolação, Liberdade, República e Santa Cecília.
Segundo a entidade, em nenhuma das regiões da capital, a “insegurança” foi citada como motivo relevante para não sair de casa. Cerca de 2,1 mil domicílios foram entrevistados no segundo semestre de 2019 para a realização da pesquisa.
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