Publicado em 26/02/2021 às 9h33
Por Cristina Braga
Pesquisa divulgada nesta quinta-feira (25) pela Prefeitura de São Paulo apontou que a Zona Leste concentra a maior quantidade de pessoas que tiveram contato com a Covid-19 da cidade. O levantamento também mostrou que a taxa de assintomáticos em toda a capital foi de 30% para 43%. Já a taxa de assintomáticos, que estava em 29,2% em janeiro, passou para 38,3% e, agora, no início deste mês, alcançou os 43%.Os dados foram coletados na fase 3 do inquérito sorológico realizado com adultos acima de 18 anos em todas as regiões da cidade. Para o estudo foram realizadas 1.745 coletas e 281 coletas deram positivo.
Aumentou muito também a proporção dos paulistanos que relaxaram com os cuidados da quarentena e passaram a frequentar restaurantes, academias, bares e cafés. O índice alcançou 35,9% da população; em janeiro o índice era de 32,4% e no início desse mês era de 33,5%.O estudo indicou que 16% dos moradores da capital foram infectados e têm anticorpos contra o coronavírus. Em 2020, 9,5% dos moradores tinham sido infectados; depois, 14,1% em janeiro de 2021; e 13,9% no início do mês de fevereiro.
Segundo o secretário da saúde, o número de casos confirmados de Covid-19 na primeira semana de 2021 é similar ao número de casos durante o primeiro pico da pandemia, “seguramente em função das aglomerações de final do ano”.
A pesquisa mostrou ainda que houve uma queda acentuada do número de óbitos por Covid-19 a partir de setembro de 2020, com um novo aumento a partir de novembro, que ainda assim não alcançou os piores momentos da pandemia, em junho, julho e agosto. “Por uma série de aspectos, seja pelo aumento da infraestrutura, seja pela experiência adquirida pelos nossos profissionais, felizmente conseguimos reduzir a curva de óbitos de forma acentuada no município”, disse o secretário Edson Aparecido.
Considerando especificamente a faixa etária dos idosos acima dos 75 anos, a pesquisa mostra um aumento expressivo, com coeficiente de mortalidade quase 10 vezes maior do que na faixa entre 55 e 59 anos – 45,9% das pessoas internadas com Covid-19 com mais de 75 anos chegaram a óbito.”Há uma tendência de aumento de notificações de novos casos entre jovens de 20 e 45 anos. Então é o jovem que vai para rua, se contamina, vai para casa, contamina a família, e quem precisa ser internado e vai a óbito é o idoso”, disse Edson Aparecido.
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