Publicado em 19/01/2022 às 9h20
via G1
Um impasse está envolvendo uma área na Água Branca. Ocupado atualmente por uma cooperativa de reciclagem, o terreno seria inicialmente usado para construir 1,5 mil moradias populares. Além disso, parte do terreno foi concedido pela Prefeitura para a escola de samba Vai-Vai construir uma arena com capacidade de cinco mil pessoas. A escola desocupou o espaço que ocupava no Bixiga porque o terreno será usado para a construção da Linha 6-Laranja. No local onde fica a quadra da Vai-Vai será construída a nova Estação 14 Bis.
A chamada Operação Urbana Consorciada Água Branca começou a ser desenhada em 1995. Desde então, a lei foi modificada e a última versão, de 2013, determinou o perímetro que vai da altura da Avenida Inajar de Souza até a Avenida Pacaembu, incluindo os bairros Perdizes, Barra Funda e Lapa.
Em novembro, o prefeito Ricardo Nunes decretou, via Diário Oficial, a licitação das obras para a construção de moradias populares. A previsão inicial era a de construir 1.500 unidades habitacionais de interesse social, parques, abrir vias, além de construir uma UBS e um CEU. Na segunda-feira, 10, porém, Nunes assinou um projeto de lei concedendo para a iniciativa privada a administração de três terrenos. Depois de um pedido do grupo de gestão da Operação Água Branca, ele voltou atrás e vetou esses dois, mas manteve a concessão do terreno do meio para a escola de samba Vai-Vai.
O presidente da Vai-Vai, Clarício Gonçalves, sonha em construir uma arena para cinco mil foliões, mas diz que não quer atrapalhar a construção das moradias populares nem desalojar a cooperativa para isso. Por isso ele negocia com a Prefeitura um outro local. Segundo a administração municipal, “a permissão de uso desse espaço para a Vai-Vai não trará impacto para o plano de construção de moradias”. “Do total de unidades habitacionais previstas para o Subsetor A1, 728 unidades já estão em licitação pela Cohab com previsão de abertura de envelopes de propostas para este mês”, disse a gestão municipal.
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