REGIONAL

Audiência Pública explica projeto da Ponte da Raimundo

Publicado às 10h40

Por Cristina Braga

A ligação viária Pirituba-Lapa foi alvo de uma nova Audiência Pública, promovida pela Comissão de Trânsito, Transporte e Atividade Econômica da Câmara Municipal, no âmbito da revisão da Lei da Operação Urbana Consorciada Água Branca (OUCAB) – PL 397/2018. O encontro, realizado no último dia 10, em Pirituba, mostrou ao público os detalhes da Ponte da Raimundo, como cronograma de obras, as fases do projeto e os recursos disponíveis.

Na primeira fase – já em andamento -, estima-se que o empreendimento, na ordem de R$ 180,6 milhões, seja entregue até outubro de 2020, tendo como fonte principal de recursos o Fundurb (Fundo Municipal de Desenvolvimento Urbano). Já para a fase dois, com início previsto para janeiro de 2020, a obra está estimada em R$ 205,9 milhões. Aqui, o dinheiro poderá vir do Fundo de Trânsito e Transporte (caixa de R$ 3 bilhões/ano) e da venda de CEPACs (Certificados de Potencial Adicional de Construção). Segundo o vereador Paulo Frange (PTB), a Câmara deve votar ainda neste semestre a lei que reduz o valor desses títulos públicos para, enfim, poderem ser comercializados no mercado. O custo total do empreendimento é de R$ 386,6 milhões. Já a entrega está prevista para 2021.

Eliseu Gabriel (PSB) fala em audiência pública que debateu a construção da Ponte da Raimundo. Foto: Edson Vieira/Folha Noroeste

A obra está sendo feita pelo chamado “método construtivo”, ou seja, a Marginal do Tietê não precisará ser fechada. O vereador Eliseu Gabriel (PSB) ponderou que a “demanda da ponte é uma longa luta, porém, é também uma obra complexa”. “Por isso, a participação popular é fundamental para ajustar e definir todos os detalhes”, afirmou o parlamentar.

Manifestação do público

Ao final da apresentação da SPObras, o público reagiu com perguntas sobre o impacto do trânsito na Vila Anastácio. “Será um maior adensamento, com fluxo de caminhões e mais carros dentro do bairro. Precisamos de alça direta para a Marginal do Tietê. Se der problemas com a infraestrutura, a Prefeitura vai arcar com isso?”, disse um dos manifestantes. Outro questionou como ficaria o projeto acima dos prédios da MRV, no lado da Avenida Raimundo Pereira de Magalhães, em Pirituba, visto que o local já é estrangulado e tem pista afunilada.

O munícipe César Rodrigues, por sua vez, argumentou que a periferia é esquecida e disparou: “as benfeitorias para Pirituba serão só as alças? Ou esta obra eleitoreira pode se transformar num fura-fila de Pirituba?”. Já Fernando Pinto lembrou que “nenhum orçamento de obra pública fica dentro do planejado, e não há dinheiro garantido para a fase dois”. “Primeiro constroem o banheiro para depois fazer o esgoto, a ‘fase um’ tem que ser construída junto com a dois.”

Jupira Cauhy, representante do grupo de gestão da OUCAB, salientou algumas condições para o uso de recursos da operação urbana. “Depende ainda da aprovação do PL na Câmara e da arrecadação do leilão. Além disso, 22% do total arrecadado serão destinados para habitação popular. A ponte não é a prioridade absoluta .” Ao final, foi pedida, também, uma Audiência Pública na Lapa para debater melhor essas questões.

Audiência pública debateu construção da Ponte da Raimundo. Foto: Edson Vieira/Folha Noroeste

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