Publicado em 23/01, às 10h
Por Priscila Perez
A bicicleta pode ser considerada o meio de transporte mais sustentável do planeta, mas ainda está longe de ser o mais seguro, ainda mais numa metrópole como São Paulo. De acordo com dados recém-divulgados pelo Infosiga (Sistema de Informações Gerenciais de Acidentes de Trânsito de São Paulo), o número de ciclistas mortos no trânsito paulistano subiu 69% em 2019. Foram 36 mortes.
Se pedalar pela cidade com segurança já é um tremendo desafio, para quem se aventura pelas ruas da Barra Funda, na zona oeste, o risco é ainda maior. O distrito está na primeira posição no ranking de acidentes envolvendo bikes. Segundo o Mapa da Desigualdade de 2019, a cada cem mil habitantes, ocorrem 31,8 acidentes na região. Na Vila Leopoldina, por exemplo, o índice é de nove casos. O relatório aponta que, atualmente, mais de 375 mil pessoas utilizam as bicicletas como principal meio de transporte. Para efeito de comparação, em Pirituba, bairro da zona noroeste da capital, são 5,4 ocorrências a cada cem mil habitantes.
Uma cidade mais amistosa
A fim de reduzir o número de acidentes no trânsito e ampliar a malha cicloviária paulistana, a Gestão Covas lançou em dezembro de 2019 o novo plano cicloviário da cidade. A intenção é criar 173 quilômetros de novas conexões, interligando diferentes modais de transporte.
Na região noroeste, as avenidas Mutinga, Raimundo Pereira de Magalhães, Miguel de Castro, Cabo Adão Pereira, Paula Ferreira e Anastácio estão cotadas para receber as melhorias. Já na Subprefeitura Lapa, haverá conexões para bikes nas avenidas Pompeia, Nicolas Boer, Jaguaré, Mofarrej, Gastão Vidigal, Marquês de São Vicente e Ermano Marchetti, bem como nas ruas do Curtume e Belmonte.
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