REGIONAL

Centros de memória evidenciam lutas periféricas e contam a história das quebradas de SP; conheça o CMQ em Perus

Publicado em 22/05, às 16h
por Redação, trecho retirado de periferiaemmovimento.com.br/

Grupos periféricos, sem espaço nos museus tradicionais, criam seus próprios centros de memória para documentar movimentos sociais, greves e personalidades marcantes. Esses acervos populares preservam a história e as lutas que contribuíram significativamente para a construção e reconstrução das periferias.

Em Perus, o Centro de Memórias Queixadas (CMQ) preserva a história da luta operária na Companhia de Cimento Portland Perus, que se instalou na região em 1926 e transformou a vida local. Originalmente de propriedade do grupo canadense Drysdale & Pease, a fábrica foi adquirida por João José Abdalla, conhecido como “o mau patrão”, devido às más condições de trabalho que resultaram em inúmeras disputas judiciais.

Uma das crises mais significativas foi a Greve de 7 anos (1962-1969), promovida pelos “Queixadas”, operários da fábrica que adotaram o apelido de uma espécie de porco-do-mato. Esta greve é considerada a maior da história sindical brasileira, conforme destacado pela jornalista Sheila Moreira. A fábrica encerrou suas atividades em 1987 e foi posteriormente ocupada por movimentos locais visando a criação de espaços públicos e culturais, embora o imóvel ainda pertença à família Abdalla.

O CMQ, nomeado em homenagem a Sebastião Silva de Souza, um dos grevistas, surgiu para preservar a memória dessa luta. Iniciado de forma on-line devido à pandemia, o centro passou a operar fisicamente em março de 2022. Está localizado na Biblioteca Padre José de Anchieta, um local importante para a comunidade.

O centro tem como objetivo valorizar as histórias das mulheres na luta operária, refletido no podcast “Mulheres no Front”, que narra histórias protagonizadas por mulheres. Erika Barbosa, residente do Recanto dos Humildes e envolvida desde o início no CMQ, destaca a importância desse projeto.

O CMQ está aberto de segunda a sábado, das 8h às 17h, na Rua Antônio Maia, 651, próximo à estação de trem Perus, linha 7-Rubi. Para mais informações e consultas ao acervo, visite o site e siga os perfis no Instagram (@cm_queixadas) e Facebook (Centro de Memória Queixadas). As visitas podem ser agendadas online.

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