Publicado em 12/05/2022 às 8h30
por Redação/via UOL
Imagine receber a notícia de que um homem estaria jogando “bombas” ou tentando invadir a escola onde seu filho pequeno estuda. O desespero só de pensar nessa possibilidade é imensurável. Um boato dessa gravidade circulou no WhatsApp recentemente, envolvendo o CEMEI (Centro Municipal de Educação Infantil) Pinheirinho d’Água, no Jaraguá, onde estudam crianças de zero a seis anos de idade.

A fake news surgiu no dia 26 de abril, quando as mães receberam um chamado da escola para buscarem seus filhos antes do horário. Preocupadas, elas procuraram a secretaria na ocasião, mas não houve justificativa. Foi aí que um funcionário teria contado a famigerada história de que um homem armado queria invadir a unidade. Ao saberem do “fato”, as mães ficaram indignadas com a falta de segurança na escola e compartilharam a informação nas redes sociais. A história cresceu ainda mais, agravada por depoimentos de pessoas que teriam presenciado o episódio. O resultado disso foi a criação do grupo “Manifestação no CEU”, que culminaria na realização de um protesto no CEMEI Pinheirinho d’Água. A diretoria da unidade também ficou sabendo da história e tentou acalmar os ânimos das mães, apontando que não havia indícios de veracidade. Mas a informação não foi suficiente para desmontar o grupo.
Onda de fake news
Mais adiante, um novo áudio surgiu no grupo alertando sobre um novo episódio de “bomba na escola”, enquanto as crianças estavam na unidade. O novo boato, creditado a amigos e vizinhos, desesperou as mães. Mas, novamente, estava tudo tranquilo no CEMEI. Os próprios funcionários da escola reforçaram que se tratava de fake news. A informação desencontrada que rolava nas redes sociais tentava orquestrar uma falsa onda de violência nas escolas da região. A própria Secretaria Municipal de Educação de São Paulo ressaltou, em nota, que não houve qualquer registro de ataques ao CEMEI. Lembrando que o policiamento no entorno é feito pela GCM com apoio da Polícia Militar. Quanto ao protesto, apenas sete pessoas compareceram. E o grupo no Whats foi desmantelado.

Adicione Comentário