Publicado em 18/05/2023 às 10h
por Redação
A nova montagem de “O Guarani” que acaba de estrear no Theatro Municipal de São Paulo tem um novidade que representa muito bem a zona noroeste. Em três momentos diferente, o espetáculo é embalado pela orquestra e coro guarani Kyre’y Kuery, que é formado por integrantes da comunidade indígena do Jaraguá. A participação especial na ópera, que é baseada no romance homônimo de José de Alencar, adiciona à releitura um bem-vindo teor descolonizante. Além dos guaranis do Jaraguá, o espetáculo conta com a participação de artistas indígenas, entre eles o curador, designer e ilustrador Denilson Baniwa, que assina a cenografia e a codireção de arte. Infelizmente, os ingressos para as próximas sessões dos dias 19, 20 e 21 de maio já estão esgotados, mas vale enaltecer a participação dos guaranis do Jaraguá na peça, representando os povos originários que vivem na zona noroeste. Lembrando que a ópera é assinada pelo compositor brasileiro Carlos Gomes.
A história de “O Guarani”
O Guarani narra uma história de amor em que a jovem Cecília, filha de um nobre português, se apaixona por Peri, um indígena da etnia guarani. Para os dois quase adolescentes – Cecília tem 16 anos e Peri tem 18 anos –, é a descoberta do amor de forma pura, que começa com a amizade e se transforma de forma arrebatadora, desafiando as diferenças étnicas e culturais do casal. A ópera também traz em sua história a disputa entre a tribo Aimoré e Guarani. Mostra, ainda, o interesse econômico da Espanha na colônia portuguesa na figura do aventureiro Gonzales que, embora tenha interesse em Cecília, tem como principal objetivo dominar a todos para poder explorar as terras indígenas.
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