Publicado em 10/12, às 11h20
Por Priscila Perez
O 18º BPM/M, que atua em diversos distritos da região noroeste, como Jaraguá, Taipas, Freguesia do Ó e Vila Brasilândia, foi o oitavo mais requisitado pela população por denúncias de pancadões em 2018. Só no ano passado, foram 1.734 queixas. A informação tem como base os dados da Polícia Militar.
Recentemente, a Folha Noroeste recebeu uma denúncia sobre um pancadão no Jaraguá. A leitora, que não quis se identificar, relatou diversos problemas na região como drogas, violência, confusão e barulho. “Motoqueiros ficam subindo e descendo a via em alta velocidade e empinando suas motos. É um barulho estarrecedor, fora o funk que rola solto no local, e os moradores têm medo de denunciar”, relata.
Em todo o Estado, os chamados encaminhados à Polícia Militar aumentaram 78% nos últimos quatro anos, saltando de 29,3 mil para 52,1 mil por ano. São praticamente 142 denúncias diárias. Apesar do alto número de casos, muitos ainda não chegam ao conhecimento da Polícia Militar porque a população do entorno tem medo de denunciar.
Em nota, a Secretaria Estadual de Segurança Pública explica que o “serviço de inteligência da PM está sempre monitorando a organização de pancadões para identificar os locais onde já ocorrem”. “No local, os policiais são orientados a identificar as lideranças, fiscalizar os veículos e, quando constatadas irregularidades, efetuar a apreensão. Em casos em que os pancadões já estão instalados, a PM faz uma análise de risco, sempre preservando a integridade física dos participantes e moradores do bairro”, ressalta a pasta.
A questão dos pancadões está sendo amplamente discutida pela sociedade após a recente ocorrência policial em Paraisópolis, na zona sul da capital, no último domingo, que resultou na morte de nove pessoas em meio a um tumulto em um baile funk da região. Mais de cinco mil jovens participavam do evento. A Gestão Doria já admite rever os protocolos de atuação da Polícia Militar após o triste episódio.
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