Publicado em 05/04/2022 às 10h30
por Redação
Da cratera que surgiu na Marginal Tietê, em fevereiro, até agora, foram dois meses de trabalho ininterrupto para drenar o esgoto que invadiu o poço de ventilação da Linha 6-Laranja na região, cujas obras dependem da operação dos tatuzões. Entretanto, como as duas tuneladoras ficaram submersas, só agora, após a limpeza dos túneis, é que será possível avaliar, de fato, em que estado se encontra o maquinário de duas mil toneladas.
A Acciona, empresa responsável pelas obras do ramal, já deu início à limpeza do túnel. “Nos próximos dias, a concessionária fará uma limpeza profunda nos poços e túneis, com produtos certificados pela CETESB, e dará início às análises das condições das tuneladoras”, afirma a secretaria de Transportes. A empresa também estaria adquirindo os componentes eletrônicos necessários, que foram comprometidos pelo acidente, para reparar os tatuzões e colocá-los de volta à ação.
Apuração
Em fevereiro, o governo paulista anunciou que técnicos do IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas) estariam apurando as causas do acidente na obra da Linha 6-Laranja. Entretanto, dois meses após o episódio, o contrato com o instituto, que ficaria responsável por periciar o local, ainda não foi assinado. Sobre o imbróglio, a STM admite que os trâmites para a formalização do contrato com o IPT estão na fase final. Mas, apesar do atraso, técnicos do instituto já estiveram no local e tiveram acesso a todas as informações necessárias sobre o acidente. Não há, porém, qualquer cronograma de divulgação das causas do acidente na Linha 6 ou detalhamento das atividades realizadas até agora.
Aliás, até o momento, não houve qualquer alteração no cronograma da Linha 6. Ela continua prevista para 2025, apesar do acidente.
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