Publicado em 05/04/2022 às 9h10
por Redação/via SECOM
Ao lado da Rodovia Anhanguera, uma área de 25 mil metros quadrados chama atenção pela sua exuberância: trata-se da RPPN (Reserva Particular do Patrimônio Natural) Mutinga, um pedacinho de Mata Atlântica dentro de Pirituba. A reserva ecológica exerce um importante papel na conservação de remanescentes da Mata Atlântica na capital, sendo a única de reconhecimento municipal.
Verticalizar e preservar
Em fevereiro de 2011, quando a RPPN Mutinga foi reconhecida como reserva, o local pertencia a uma incorporadora que desejava construir um condomínio na região. E para que a construção saísse do papel, foi acordada com a empresa a preservação desse reduto verde, cuja área pertence ao município e à Subprefeitura Pirituba/Jaraguá. A população do entorno celebrou, e muito, a iniciativa e passou a se beneficiar do ar puro gerado por espécies exóticas e nativas, um verde que proporciona uma vivência única na capital. Até então, foram catalogadas 79 espécies, das quais 62 são nativas da Mata Atlântica. Quanto à fauna, são 48 espécies de aves e três espécies de mamíferos.
“Moro no condomínio próximo à Reserva desde 2013 e gosto muito de morar nesse local por causa da proximidade com a natureza, do maior engajamento das pessoas em relação à ecologia e preservação do meio ambiente. Há também a valorização do imóvel, por conta de sua beleza e diversidade de fauna e flora. Temos muitos animais silvestres na RPPN e todo mês ela abre para visitação com um tema relacionado a natureza”, conta William Marcos, síndico e morador do condomínio próximo à RPPN Mutinga .
Qualidade de vida
Localizada em uma região onde os grandes fragmentos florestais foram extintos em virtude da urbanização, a RPPN Mutinga encontra-se próxima de importantes unidades de conservação, como o Parque Estadual do Jaraguá, o Parque Anhanguera e o Parque Estadual Cantareira.
Para Josina Souza, gestora da RPPN Mutinga, a RPPN Mutinga, além de ser um refúgio de fauna silvestres e espécies florísticas, representa na prática mais qualidade de vida para a população. “Os ganhos de qualidade de vida são bastante relevantes também, uma vez que promove bem-estar ao contemplar a natureza, purifica o ar, amortece os ventos, retém as águas das chuvas, abastece os lençóis freáticos, ameniza as temperaturas e reduz a poluição sonora e do ar”, explica Josina.
A reserva é aberta para visitação dos moradores e convidados. “É um prazer do tamanho do mundo poder fazer alguma coisa pela natureza”, conclui Josina.
Em 2019, a FN visitou a reserva. Relembre a aventura:
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