Publicado às 11h45
Por Cristina Braga
A Audiência Pública realizada no último dia 5, no Espaço Cultural Tendal da Lapa, para debater os impactos da ligação viária Pirituba-Lapa, a futura Ponte da Raimundo, ainda deixou dúvidas sobre a obra. A primeira fase, já em andamento e a ser concluída em dezembro de 2020, vai da Avenida Raimundo Pereira de Magalhães, partindo da MRV, até a Vila Anastácio. É nesse ponto que os moradores mais questionaram seus reflexos, já que o bairro encontra-se adensado e cheio de transportadoras.
Apesar do projeto da SPObras prever o alargamento da via na Lapa, Silvia Ribeiro, da Vila Anastácio, indagou quais estudos foram realizados sobre o impacto da ponte no trânsito local. Áreas com alagamentos previstas como saída de carros para a Marginal do Tietê e acesso para os moradores dos condomínios afetados retornarem para a Raimundo em direção aos prédios foram questões levantadas na ocasião. O público também perguntou sobre os estudos que embasaram as escolhas dos engenheiros em entregar a ligação Pirituba-Lapa um ano depois de iniciada a sua construção e sem a estrutura viária ao redor. A representante da CET, por sua vez, se comprometeu a conversar com os moradores para esclarecer o assunto, porém, em outras reuniões. Já Giovane da Costa, diretor técnico da SPObras, propôs uma consulta pública para definir a melhor forma de entregar o início da operação da ponte.
Do lado de Pirituba, quem vem da Lapa pela Raimundo não terá o retorno para o Supermercado Pastorinho e o Tietê Plaza Shopping. Pelo projeto, ele ficará em frente ao condomínio da MRV, dificultando o acesso para esses estabelecimentos comerciais.
Verba para a primeira fase
O aporte financeiro liberado este ano pelo FUNDURB foi de R$ 114 milhões. Para 2020, segundo o Plano Anual de Aplicação 2020 (Resolução 003/2019 – DOC de 21/08/19), foram liberados apenas R$ 40 milhões. Como a ponte está orçada em R$ 180 mi, a Prefeitura ainda precisa de mais R$ 26 mi, somente para esta primeira fase. Já para a segunda etapa, estima-se a utilização de recursos da OUCAB (inexistentes) e de fundos municipais.
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