Publicado às 11h10
G1 São Paulo
Os pais de uma criança cadeirante levam duas horas para conseguir ir da estação Lapa da CPTM, na Zona Oeste de São Paulo, até a Estação São Bento do Metrô, no Centro. A falta de acessibilidade prejudica o caminho para levar a menina Karla para tirar o cartão para passageiros com necessidades especiais no posto central da SPTrans.
Juliana Santana dos Santos tem que renovar o cartão das pessoas com necessidades especiais e provar que a filha tem a deficiência. Logo aparece o primeiro problema: na estação não tem escada rolante nem elevador.
“É todos os dias. Eles falam que vai ter mas nunca tem. A gente ainda consegue pegar a Karla e quando vem um cadeirante mais fortinho que não tem como passar?”, diz a mãe.
A primeira baldeação é na Estação Barra Funda onde uma grade e um aviso impedem o acesso ao elevador. No andar de cima a porta do elevador abre e tem uma grade impedindo a saída.
Na Estação Sé, o elevador está cheio de gente e a cadeira de rodas não cabe.
Na Estação São Bento o elevador não chega até o piso da Rua Boa Vista, onde é o destino final da família. O jeito é escadas rolantes, degraus e mais escadas rolantes.
Quase duas horas a família chega ao posto da SPTrans no Centro. O atendimento durou cerca de vinte minutos e o cartão foi renovado.
A CPTM disse que as estações são de uma época em que a acessibilidade não era uma preocupação e que tem projeto para modernizar e que sempre que requisitados, os funcionários atendem às pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida.
Sobre o elevador da Estação Barra Funda, informou que o equipamento foi destruído por vândalos e está sendo arrumado.

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