Publicado em 04/01, às 8h35
Por Cristina Braga
Desde outubro do ano passado, o pároco Raimundo Rozimar Vieira, da Igreja São João Maria Vianney, na Vila Romana, solicita às autoridades que seja feita uma reavaliação da concentração de blocos de carnaval em frente à paróquia, localizada na Praça Cornélia. No ofício endereçado à Secretaria Municipal de Cultura, o padre reivindica que, “após experiências traumáticas nos últimos anos, seja analisado o uso da praça, especialmente aos finais de semana, em dia de missas e atividades pastorais”.
Ainda no documento, o pároco salienta que, mesmo desligando o som do trio elétrico (que fica estacionado em frente à igreja na hora da concentração) durante as missas, o impacto é inevitável. “A multidão que se forma nas escadarias da igreja e a venda de bebida alcoólica tornam as atividades inviáveis”, descreve. “Deixamos claro que não somos contra o carnaval e seus blocos de rua. Simplesmente estamos expondo um problema enfrentado por nossa comunidade nessa época.”
O pároco enviou dois ofícios à Prefeitura de São Paulo em outubro de 2019, mas não obteve resposta ainda. Segundo a administração municipal, os blocos carnavalescos programados para a concentração no local, a partir de fevereiro, são: I Love Cachaça, no dia 15; Tropicália Freak, 25; NuVuco Vuco, 29; e Trom, em 1º de março.
Carnaval na Gastão Vidigal é cancelado
E na Vila Leopoldina, depois da intensa movimentação por parte dos moradores e permissionários da Ceagesp e da Associação Viva Leopoldina (AVL), os seis desfiles programados para a Avenida Doutor Gastão Vidigal foram cancelados pela Comissão Intersecretarial de Carnaval de Rua, da Prefeitura de São Paulo. O grupo considerou necessária a alteração de local dos blocos e explicou que “todas as mudanças serão previamente publicadas no Diário Oficial”.
Confira o apelo da entidade em defesa da Igreja São João Maria Vianney:
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