Publicado em 16/12, às 12h10
Por Priscila Perez
A capital paulista terá um novo plano cicloviário a partir de 2020. Anunciado no dia 12 de dezembro, o projeto prevê a implementação de 173 quilômetros de novas conexões, 310 quilômetros de reformas e melhorias em estruturas já existentes, além de 12 quilômetros em remanejamento.
Para colocar o projeto em ação, a Prefeitura de São Paulo vai investir em R$ 250 milhões em recapeamento e outros R$ 325 milhões no plano cicloviário. Com o investimento, a cidade passará dos atuais 503 quilômetros para 676 quilômetros de vias destinadas para ciclistas no ano que vem – muitas delas, inclusive, interligadas ao transporte público.
As novas conexões vão interligar diferentes modais de transporte, permitindo que o ciclista inicie e finalize seu deslocamento utilizando a bike. Assim, a população poderá acessar mais facilmente terminais de ônibus, trens, metrôs, parques e postos de saúde.
De acordo com a Prefeitura, todo o projeto contou com a participação da população em audiências públicas e oficinas participativas realizadas pela CET e pela Câmara Temática de Bicicleta (CTB). “As ações devem ser finalizadas até 31 de dezembro de 2020. Mas vamos trabalhar no sentido de acelerar os processos”, afirma o secretário de Mobilidade e Transportes, Edson Caram.
Requalificação
Na zona noroeste, a Subprefeitura Lapa foi a primeira a ser contemplada com as obras de requalificação, que incluem recapeamento, nova sinalização com pintura em vermelho na aproximação das travessias e tachões por metro. Segundo a CET, ainda há a previsão de melhorias em guias e sarjetas, conforme a necessidade.
As ciclofaixas Coriolano, Jaguaré e Rio Pequeno já estão recebendo as melhorias estruturais. Até o momento, apenas a Corifeu de Azevedo Marques já foi entregue pela Prefeitura. No local, a antiga rota para bikes toda vermelha, com tachões e pinos de segurança, está bem diferente. Em sua extensão, há símbolos de bicicleta no asfalto e linhas de bordo para sinalizar a divisão entre bikes e carros. Também há tachões em amarelo instalados a cada metro da ciclofaixa. O vermelho, entretanto, só é aplicado nos dez metros de aproximação com os cruzamentos. “Na Avenida Corifeu de Azevedo Marques, por exemplo, o espaçamento é menor que um metro. Lá ainda há trechos com segregador, onde não há calçadas, para aumentar a segurança dos ciclistas”, afirma a CET.
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