Publicado em 06/10/2022 às 8h50
por Redação/via Estadão
Na manhã do último domingo, 2 de outubro, o advogado Alexandre Marcondes e morador do Alto da Lapa resolveu ir à padaria e, enquanto caminhava em direção ao local, foi abordado violentamente por um policial militar, que desceu gritando de uma viatura. Nos segundos seguintes, o advogado já estava com uma arma apontada para a sua cabeça e foi revistado minunciosamente. Ao questionar o PM sobre a razão da abordagem, ouviu apenas que ele “estava em atitude suspeita”. Em seguida, o policial pediu os documentos e foi aí que ele se deu conta que o “suspeito” era advogado, mudando de atitude na hora. As informações são do jornal “O Estado de São Paulo”.
Respostas
A truculência já seria motivo suficiente para levar o caso à Corregedoria da Polícia Militar e à OAB, mas, para Alexandre, ele também foi alvo de racismo. “Fiquei realmente com medo. Depois, eu disse que nunca tinha tido a experiência de ter uma arma apontada para o meu rosto e o policial disse que para tudo sempre tem uma primeira vez”. Segundo ele, o policial ainda perguntou “se preferia que fosse ele ou um bandido apontando a arma”. Sobre a abordagem, o PM teria suspeitado dele porque estava de máscara em ambiente aberto e havia um casal de idosos por perto, sendo que, naquele mesmo instante, outras duas mulheres de máscara passavam pelo local. Após o episódio, o advogado, que é negro, pretende levar o caso adiante, buscando apoio junto à OAB e à Corregedoria da PM. Do lado da Ouvidoria da Polícia Militar, a promessa é que o caso será devidamente apurado. A abordagem foi flagrada por câmeras de segurança do bairro, como é possível ver a seguir:
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