Publicado em 30/10, às 12h40
Por Priscila Perez
O pacotão municipal de privatizações que incluía o Anhembi, o Sambódromo e a SPTuris, empresa municipal de turismo e eventos, será fatiado pela Prefeitura de São Paulo. Desta vez, a manobra adotada pela administração municipal poderá ter mais sucesso junto ao Tribunal de Contas do Município, que chegou a refutar a privatização devido a problemas no edital. O preço mínimo de R$ 1 bilhão para o leilão foi considerado baixo na época. Agora, apenas dois deles serão lançados no mercado – separadamente –, sem incluir a SPTuris por agora.
O sambódromo, entretanto, não será privatizado, e sim concedido à iniciativa privada por um prazo determinado. Depois disso, ele voltará para as mãos do município.
Agora vai?
A estratégia desestatizante tem tudo para agradar o empresariado. Desse modo, compradores de diferentes perfis poderão participar do negócio, cada qual com seus devidos interesses. O Anhembi, por exemplo, é um complexo de 376 mil metros quadrados que pode chamar a atenção de empresários focados na realização de feiras e congressos.
Difícil mesmo será vender a SPTuris, que reúne 400 funcionários, sendo 360 deles concursados. Só no ano passado, a empresa desembolsou mais de R$ 58 milhões com o pagamento deles. É pensando em enxugar esses gastos que a Prefeitura tenta resolver o imbróglio. Mas as alternativas são igualmente difíceis: realizar uma reestruturação ou extingui-la. Ou seja, de qualquer maneira, os funcionários seriam afetados.
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