Publicado em 29/10, às 12h30
Por Priscila Perez
O poder público, muitas vezes, lança números positivos para destacar a curva decrescente da criminalidade. E quando a população rebate, entra em cena o conceito de “sensação de insegurança”. “É apenas uma impressão”, diriam os especialistas. Mas os números nunca mentem, não é mesmo?
Se considerarmos o Sistema de Informações Criminais (Infocrim), sistema ligado à Secretaria da Segurança Pública do Estado, São Paulo enfrenta uma perigosa realidade. De 2014 a 2018, o estado registrou mais de 12 mil casos de furtos e roubos a casas e condomínios por ano. Só na capital, foram 7.883 casos em 2014 e 4.729 quatro anos depois. Aqui, pelo menos, a curva decrescente não é imaginária.
Mas as ações criminosas, além de criativas, estão sendo lideradas por jovens. Uma adolescente de quinze anos, por exemplo, já foi detida dez vezes. Os assaltantes também criam estratégias e engenhocas para entrar nas residências e driblar sistemas de segurança. O porteiro, nessas horas, acaba de mãos atadas. Em Higienópolis, na zona oeste, um jovem de 22 anos, conhecido como “Rabino”, se vestia de preto, com direito a barba e chapéu, para conseguir acesso aos prédios. O DEIC identificou o assaltante, que acabou preso há duas semanas.
Os dados foram obtidos via Lei de Acesso à Informação.
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