Publicado em 05/05/2023 às 8h50
por Redação
A cidade de São Paulo tem enfrentado nos últimos meses uma onda de sequestros-relâmpagos impulsionada pelas facilidades do Pix e pelo famoso Golpe do Tinder. Nesses falsos encontros, a vítima é comumente agredida e tem suas contas bancárias reviradas. Foi o que aconteceu em setembro de 2022 com um homem que foi atraído para o bairro do Jaraguá, na zona noroeste, por conta de uma mulher que havia conhecido via aplicativo de namoro. Após o sequestro, a vítima foi levada para um matagal na região, sofreu agressões e teve o celular, o relógio, o tênis e a carteira roubados, além de amargar um prejuízo de R$ 9.400. Oito meses depois, esse valor será finalmente devolvido à vítima, por determinação da Justiça de São Paulo, que julgou procedente a alegação de que “as transações estavam fora de seu padrão de consumo”. Embora tenham ocorrido cinco compras sucessivas nas mesmas lojas, a instituição financeira não identificou a anomalia. Além disso, a irmã da vítima também havia solicitado o bloqueio das contas por conta de seu desaparecimento repentino.
Prejuízo financeiro
Em sua defesa, o banco envolvido alegou que não tinha responsabilidade pelo prejuízo, já que as compras contestadas haviam sido realizadas presencialmente com o cartão original do cliente (e com a devida senha). Já o bloqueio da conta só foi solicitado após a realização dessas transações. No final das contas, a Justiça condenou a instituição, pois “caberia às instituições bancárias adotar medidas de segurança preventiva para evitar prejuízos resultantes de fraudes”. Apesar da boa notícia para a vítima do falso encontro, o banco ainda poderá recorrer da decisão.
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