Publicado em 12/08/2022 às 10h15
por Redação/via Câmara Municipal
O acesso à cultura foi tema de audiência pública realizada na última quinta, 11 de agosto, na sede da Associação Comunidade Cultural Quilombaque, em Perus. A realidade cultural de bairros como Perus, Jaraguá e Anhanguera, na zona noroeste, foi amplamente debatida durante o encontro, organizado pela Subcomissão de Cultura da Câmara Municipal, com a presença da população e de representantes da região, inclusive da Subprefeitura Pirituba/Jaraguá.
Mais de 70 pessoas participaram da audiência, que abordou tópicos importantes como a escassez de equipamentos culturais na região, Plano Diretor e TICP (Território de Interesse da Cultura e da Paisagem). Vale lembrar que no PDE foram criados e reconhecidos dois territórios de interesse: o TICP Paulista/Luz, que inclui o centro histórico da cidade e o centro cultural metropolitano, e o TICP Jaraguá/Perus. “A Câmara vindo até aqui, com pessoas que podem pensar em planejamento e estruturas e sanar a ausência desses equipamentos, para nós, é muito valioso. Isso porque, infelizmente, o orçamento do nosso bairro sempre está na escala debaixo no orçamento. Para a cultura, então, não existe esse orçamento”, disse um dos fundadores da Associação Comunidade Cultural Quilombaque, Cleiton Ferreira de Souza.
Para assistir à audiência na íntegra, acesse https://bit.ly/3QmWDBb.
A periferia quer ser ouvida
O articulador cultural Guilherme França Anastácio, que mora no distrito de Anhanguera, espera que esses debates aconteçam com maior frequência, já que os moradores das periferias querem ser ouvidos. “A gente parte do entendimento que a gestão de bens culturais na cidade ocorre de forma muito desigual. Então, ouvir o fazer cultural das periferias dentro do Legislativo, que é uma casa que, tecnicamente, representa o povo, é um passo essencial da democratização do debate sobre o que é cultura”, destacou.
A coordenadora das Casas de Cultura da Secretaria Municipal de Cultura, Aurora da Silva Oliveira, também ressaltou a importância de descentralizar as discussões. “A gente quer descentralizar a discussão e ouvir as necessidades de quem está vivendo. Saber das necessidades de quem está na ponta é fundamental. A secretaria está de ouvidos atentos.”
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