Publicado em 14/02, às 11h20
Por Priscila Perez
O que adianta ter uma ciclofaixa novinha em folha se o asfalto está deteriorado ao redor? No ano passado, a Prefeitura de São Paulo iniciou um longo processo de revitalização dessas faixas exclusivas para oferecer mais segurança aos ciclistas.
A medida foi aplaudida pela população, que aprovou o nova sinalização no geral. Mas pouco mudou no entorno dessas vias – e esse é o problema. É o caso da Rua Thomé de Souza, na Lapa. O trecho para bikes foi recapeado, sobretudo na altura do número 600, mas o novo asfalto acabou destacando um sério problema no local: o desnivelamento de toda a via. Não à toa, quem trafega pela região torce o nariz para a “ação parcial” da Prefeitura, em benefício apenas da ciclofaixa. Enquanto o paulistano pedala sem solavancos, o motorista enfrenta um asfalto bastante esburacado.
Já em Perdizes, a recém-recapeada ciclofaixa da Rua Cândido Espinheira ganhou nova pintura, mas a reforma apagou a faixa pedestres. Este é um problema comum em vias que passaram pelas obras de revitalização. Na Rua Ministro Godói, a situação é parecida: buracos e rachaduras no asfalto atravancam a vida do motorista. Por outro lado, a ciclofaixa está recapeada e sinalizada. “Ficaram boas, mas é preciso dar atenção para a manutenção de toda a via”, ressalta o taxista Francisco da Silva Netto, que atua há 14 anos na cidade.
Para os ciclistas que passaram pelos trechos revitalizados, a nova estrutura é motivo de elogios. Mas ainda há reclamações sobre a falta de sinalização nas vias apagadas.
Reforma
As obras de requalificação incluem recapeamento, nova sinalização com pintura em vermelho na aproximação das travessias e tachões por metro. Segundo a CET, ainda há a previsão de melhorias em guias e sarjetas, conforme a necessidade. Já a Secretaria Municipal das Subprefeituras destaca que “está realizando levantamento dos locais que precisam de manutenção”.
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