REGIONAL

Cinemateca na Vila Leopoldina foi instalada sobre “lixão”

Publicado em 09/08/2021 às 11h

Via UOL

Nova notícia que ameaça, ainda mais, uma boa parte do acervo audiovisual brasileiro: a unidade da Cinemateca localizada na Vila Leopoldina, zona oeste de São Paulo, está assentada sobre um antigo lixão. O solo local é contaminado, e a contaminação pode já ter sido repassada para o acervo de filmes e documentos.

Em outras palavras: a Cinemateca jamais deveria ter sido instalada nesse lugar. Esse erro monumental foi cometido por gestões anteriores que não o governo Bolsonaro, bom lembrar. No entanto, o atual governo já sabe de tudo isso pelo menos desde 2019. A coluna teve acesso exclusivo aos laudos que comprovam o solo contaminado.

Quem descobriu tudo isso foi a Associação Cultural e Educativa Roquette Pinto (Acerp), que geria a Cinemateca, mas foi “expulsa” em agosto de 2020 pelo governo Bolsonaro (ex-ministro de Turismo Marcelo Álvaro Antônio e secretário de Cultura Mário Frias). Apesar do aviso, nada foi feito.

Mais um incêndio

Parte da Cinemateca Leopoldina pegou fogo no último dia 29. Segundo a Cetesb, não há nenhuma relação entre o incêndio e o fato de o local ter sido um lixão. Porém, o órgão estadual afirma que são necessários estudos para saber se o incêndio não acabou por contaminar o acervo ainda mais. Isso porque o fogo sobre solo contaminado pode apenas agravar essa situação.

Solos contaminados, especialmente de lixões, podem dissipar gases não só inflamáveis, mas tóxicos para pessoas e também destrutivos para com o material ali armazenado. O terreno da Cinemateca Leopoldina pertence à União. Para ser utilizado ele teria de passar por um longo —e caro— processo de descontaminação.

Além disso, no início do ano passado o local foi “palco” de uma enorme enchente que também já havia contaminado ou destruído boa parte do acervo —que está sem nenhum tipo de tratamento há mais de um ano.

Acervo em risco iminente

Se na Vila Leopoldina há um acervo de quase 80 mil filmes, na Vila Clementino existem cerca de 200 mil deles guardados, além de uma infinidade de documentos. Inclusive ali estão os temidos acervos de rolos em nitrato, que não só “derretem” sem o devido tratamento, como são ainda mais inflamáveis que os filmes comuns. Os filmes de nitrato são originais da primeira metade do século 20.  Além disso, a Cinemateca da Vila Clementino está em uma área residencial, o que aumenta os riscos para a população do entorno.

Foto: Divulgação

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