Publicado em 22/06/2022 às 9h50
por Redação
Para o paulistano, o tema mobilidade sempre foi um desafio à parte. Mesmo em pleno século 21, algumas pautas ainda seguem a passos de formiga, como diria o músico Lulu Santos, a exemplo da tão aguardada Ponte da Raimundo, cujas obras continuam paralisadas, ou do Rodoanel Norte, que iria a leilão em abril deste ano, mas o certame foi adiado em razão do atual cenário econômico com juros e inflação nas alturas.
Ainda na zona noroeste, há a Linha 6-Laranja para provar que é possível concluir um megaprojeto após anos de paralisações. Se tudo der certo, o metrô que ligará a Brasilândia até o centro ficará pronto em 2025.
E pensar que tudo isso já acontecia cem anos atrás, com pautas desse tipo sendo debatidas e postergadas, muitas vezes. A FN traz aqui uma curiosidade, direto do túnel do tempo: em 1922, o projeto da vez era a implantação de uma linha de bonde elétrico entre os bairros da Lapa e Freguesia do Ó. Naquela época, a discussão na Câmara Municipal era em torno do sistema “Electrobus”, cuja licença – se fosse concedida – poderia ser cassada pela Prefeitura em qualquer momento. A pauta foi notícia no jornal Folha da Noite, veículo que deu início à trajetória do Grupo Folha em São Paulo.
Fica a pergunta: em cem anos, avançamos no tema “mobilidade”? Para o morador da zona noroeste, a reivindicação parece ser a mesma de 1922 – basta substituir bonde por metrô ou ponte. Com a Linha 6, pelo menos o vaivém entre a região da Freguesia e a Lapa será facilitado. Mas o que falta mesmo é mais mobilidade para o lado de Pirituba.
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