Publicado em 30/08/2022 às 9h
por Redação/via Folha de SP
Abandonar os gastos supérfluos foi um passo fundamental para a faxineira Acidália Jesus, de 41 anos, mudar de vida. Há três anos, ela, o marido e os dois filhos viviam numa favela no Jaraguá, zona noroeste da capital. Cida, como gosta de ser chamada, relata que gostava de comprar coisas para a família, inclusive de marca. “Eu era muito gastona.” Mas isso a impedia de investir no sonho da casa própria. Naquele momento, o gesseiro Leandro, seu marido, deu um ultimato: ou parava de gastar desse modo ou iriam se separar.
A diarista então decidiu mudar e procurou um psicólogo para ajudá-la a equilibrar não só as contas, como também a mentalidade gastona. “Hoje consigo olhar as coisas e me controlar”, conta. Ao aprender com o marido a administrar os gastos, os dois conseguiram guardar dinheiro para investir no que realmente importa. O resultado foi a compra de uma casa de 100 m² no Jardim Santa Lucrécia, também na região do Jaraguá, ao custo de R$ 350 mil – montante financiado em apenas cinco anos. Cida ainda aprendeu a poupar, tanto que o dinheiro que recebe das faxinas já vai direto para uma conta separada, que funciona como poupança.
Mudança
O aprendizado levou a família a alcançar a tão importante saúde financeira. Ao separar o desejo do que é necessidade, a moradora do Jaraguá mudou de vida e fez bonito. Essa história de superação e muito esforço ganhou destaque na imprensa. Fica a reflexão sobre os nossos impulsos na hora das compras. Para se ter ideia, de acordo com a CNC (Confederação Nacional do Comércio), o endividamento cresceu entre as famílias brasileiras: 78% estão endividadas e 29% apresentam contas em atraso.
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