Publicado às 11h55
G1 São Paulo
A obra da Linha 6-Laranja do Metrô está parada desde setembro do ano passado, e só deverá ser retomada em março ou abril, segundo informou o secretário de Transportes Metropolitanos de São Paulo, Clodoaldo Pelissioni. A previsão inicial era que as obras voltassem este mês tocada por um
O consórcio asiático, mas uma empresa brasileira também vai participar da concessão e com isso o prazo de retomada será estendido.
A empresa RuasInvest Participações S.A. adquirirá até 15% do empreendimento e vai participar do consórcio ao lado das empresas China Railway Capital Co. Ltd. e China Railway First Group Ltd., que integram o grupo China Railway Engineering Corporation Ltd. (CREC), e terão participação de 50% na concessão, o grupo de investidores japoneses liderados pela Mitsui ficará com 35%. Antes, o grupo asiático (chineses e japoneses) ficaria com 100% da obra.
A Linha 6-Laranja é uma grande parceria público privada entre o governo de São Paulo e a iniciativa privada. Quando concluída, ela deverá ter 15 estações e 15,3 km de extensão. Ela deve transportar mais de 630 mil pessoas por dia entre a Brasilândia, na Zona Norte, e a estação São Joaquim, na região central. E fará integração com as linhas 1-Azul e 4-Amarela do Metrô, além da 7-Rubi e a 8-Diamante da CPTM.
As obras começaram em janeiro de 2015 e foram interrompidas em setembro do ano passado pelo consórcio Move São Paulo, formado por empresas que estão com o nome sujo, por causa da Operação Lava Jato, e não conseguem mais dinheiro para concluir o projeto. Em outubro de 2016, o governo estadual informou que recebeu da concessionária Move São Paulo a formalização da proposta de um grupo de empresas asiáticas para a aquisição de 100% da Linha 6-Laranja.
Custo do projeto é de R$ 10 bilhões. O governo do estado já investiu na linha 6-Laranja R$ 694 milhões para pagamento de obras civis e R$ 979 milhões para pagamento das desapropriações de 371 ações.
“As empresas que ganharam a licitação tiveram problemas junto ao BNDES por conta da Lava Jato. o que fizemos foi dar apoio junto ao BNDES, mostrar que o projeto é bom para atrair investidores internacionais”, disse Pelisisoni à GloboNews.
Veja a nota da Secretaria de Estado dos Transportes Metropolitanos:
“A Secretaria de Estado dos Transportes Metropolitanos (STM) informa que recebeu no último dia 12 um comunicado do consórcio de empresas asiáticas que formalizaram o interesse na aquisição da concessão da linha 6-Laranja de metrô de São Paulo informando que a empresa brasileira RUASInvest Participações S.A. adquirirá até 15% do empreendimento.
Desse modo, as empresas China Railway Capital Co. Ltd. e China Railway First Group Ltd., que integram o grupo China Railway Engineering Corporation Ltd. (CREC), terão participação de 50% na concessão, o grupo de investidores japoneses liderados pela Mitsui ficará com 35% e a RUASInvest, com até 15%.
O consórcio, que formalizou a proposta de compra junto à concessionária Move São Paulo em outubro de 2017, informou ainda que os trâmites internos necessários à efetivação da aquisição devem ser concluídos até a última semana deste mês, dentro, portanto, do prazo previsto. O contrato deve ser assinado ao fim desse período e a previsão é de que as obras possam ser retomadas ainda neste semestre.
A implantação da linha 6-Laranja teve início em janeiro de 2015 e, em 2 de setembro de 2016, por decisão unilateral, a Move São Paulo, atualmente única responsável pela implantação do trecho, informou a paralisação integral das obras civis, alegando dificuldades na obtenção de financiamento de longo prazo junto ao BNDES.
Neste período, a STM tomou todas as medidas legais cabíveis para que a Move São Paulo retomasse e concluísse as obras da linha 6, que ligará Brasilândia, na zona norte da capital, à estação São Joaquim, na região central. Até o momento a pasta já aplicou multas que somam R$ 27,8 milhões.
Nos termos do contrato de concessão, a concessionária é a única responsável pela obtenção dos financiamentos necessários ao desenvolvimento dos serviços delegados. Não há pendências do Governo do Estado junto à concessionária que impeçam a retomada das obras, cuja execução atingiu 15%.”
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