Publicado em 10/08/2021 às 10h
Via Correio do Brasil
Moradores da região da Lapa, na Zona Oeste da capital paulista, protestaram no último sábado pela reabertura do Hospital Sorocabana, fechado desde 2010. Com palavras de ordem como “reabrir como hospital não é favor”, a população cobrou do prefeito Ricardo Nunes (MDB) que efetive o processo de municipalização do equipamento.
Em acordo com os vereadores, os moradores da região conquistaram verba orçamentária de R$ 30 milhões, montante que deveria ser destinado para a realização da reforma de cinco andares do edifício. Mas, conforme explica a integrante do Comitê em Defesa do Hospital Sorocabana Silvia Tommazini, a municipalização é fundamental para o andamento dos processos de reativação da unidade de saúde.
Sem a municipalização, não pode ser usada nenhuma verba do Tesouro municipal. Portanto, a primeira condição para que a gente reforme e reabra o hospital é exigir do prefeito a promessa que ele fez para a população. Estamos fazendo esse ato para lembrá-lo desse compromisso de municipalização e vigiar o uso das verbas que serão destinadas.
População desassistida
O Comitê de Defesa teme que a verba tenha o mesmo fim dos R$ 42 milhões que o Conselho Participativo da Subprefeitura da Lapa destinou ao Hospital Sorocabana na proposta orçamentária de 2020. O montante “sumiu” da Lei Orçamentária aprovada na Câmara Municipal, sem qualquer justificativa. Em 2016, o governo estadual realizou uma cessão precária do espaço do hospital, que permite o funcionamento de uma unidade AMA, uma unidade Hora Certa e um Centro Especializado em Reabilitação, no térreo e no mezanino.
Cerca de 100% SUS
De acordo com o conselheiro Municipal de Saúde Rubens Alves, a situação do Hospital Sorocabana depende apenas de acertos jurídicos para ser solucionada. “A Procuradoria-Geral do Estado de São Paulo e do Município estão trabalhando na oficialização da transferência e da municipalização”, afirma.
Além da municipalização, os moradores também reivindicam que a gestão do Hospital Sorocabana seja 100% realizada pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Eles cobram a contratação de profissionais concursados e sem a participação de organizações sociais de saúde.
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