Publicado em 24/02/2022 às 9h10
por Redação
A recente onda de concessões (ainda em curso) de parques estaduais à iniciativa privada foi questionada por manifestantes em ato realizado em frente à sede da Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente de São Paulo. O protesto, ocorrido na última quarta-feira, 23 de fevereiro, pedia pelo cancelamento do mais recente edital, publicado em 30 de dezembro de 2021, envolvendo os parques Água Branca, Villa-Lobos e Cândido Portinari, todos na zona noroeste.
O grupo também é contra a concessão do Parque Estadual Turístico Alto Ribeira, o Petar, localizado no Vale do Ribeira. Lembrando que no início de fevereiro, outro grupo composto por cientistas e 200 entidades ambientais havia publicado uma moção contra o projeto.
A concessão dos parques estaduais para que sejam geridos e explorados pela iniciativa privada tornou-se uma das principais bandeiras da Gestão Doria. Em setembro do ano passado, a Secretaria de Meio Ambiente havia aberto uma consulta pública para ouvir a população sobre o projeto. Meses depois, a pasta foi autorizada a abrir a licitação. De acordo com o governo paulista, no modelo previsto, não haverá cobrança de ingressos para entrada, e os serviços de vigilância, limpeza e manutenção ficarão a cargo da futura concessionária.
Água Branca, Villa-Lobos e Cândido Portinari
O parque da Água Branca conta com uma área de 136 mil m² e 70 edificações. Antes da pandemia, o local recebia 2,9 milhões de visitantes por ano. A proposta do estado prevê que o concessionário mantenha as características históricas do parque e requalifique áreas como o aquário e centro de educação ambiental. A iniciativa privada deverá manter também o espaço de leitura, a feira de produtos orgânicos e as atividades para a terceira idade.
Já os parques Villa-Lobos e Cândido Portinari são vizinhos e, juntos, possuem uma área de 850 mil m² e 33 edificações. Antes da pandemia, mais de 11 milhões de pessoas visitavam os espaços anualmente. Além da requalificação dos equipamentos existentes, a concessão prevê também melhorias para o impacto do viário e implantação de serviços e atividades para cultura e lazer previstas no projeto original.
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