Parques da região noroeste terão concessão com regras mais brandas

Publicado às 11h10

Priscila Perez – com informações do jornal Agora

Polêmica do início ao fim, a ideia de conceder à iniciativa privada os parques municipais da cidade tem dividido a população. De um lado, há quem acredite que a ação vá torná-los muito mais eficientes e bem-cuidados. Do outro, tem paulistano que se queixa da cobrança indevida para o uso de equipamentos públicos.

Mas, independente do lado que você esteja, uma coisa é certa: no pacote que inclui os parques Jacintho Alberto e Jardim Felicidade, na região noroeste, será o Ibirapuera, na zona sul, a peça determinante para a futura concessionária. Segundo informações do edital, a avaliação de seus frequentadores terá 89% do peso no índice de desempenho da empresa. Isso significa que, se houver uma nota baixa, a concessionária sofrerá punições financeiras. Mas, ao mesmo tempo, se os demais parques forem negligenciados, quase nada acontecerá.

Na prática, a concessionária deverá lidar com diversas exigências no Ibirapuera, como visitas guiadas e ambulâncias. Já nas demais áreas verdes, as indicações não a obrigam a resolver os problemas existentes.

Infelizmente, os equipamentos da região podem exemplificar a questão. No edital, consta apenas a indicação de que podem ser feitas “reformas necessárias” no mobiliário do parque Jacintho Alberto, mas não há indícios de substituição ou implantação. Já o parque Jardim Felicidade terá “pequenas reformas no banheiro e nas churrasqueiras”. E as melhorias pretendidas com a concessão? Parece muito pouco diante das promessas da Prefeitura.

Dessa forma, a manutenção dessas áreas, que já é bastante criticada pelos frequentadores, continuará ineficaz. E sem horizonte para mudanças.

Outro lado

De acordo com Wilson Poit, secretário de Desestatização e Parcerias, a vencedora da licitação pode, sim, realizar melhorias nesses parques, embora o edital não a obrigue.  Além disso, se a manutenção não for adequada, a Prefeitura poderá intervir e multá-la. “Recebemos projetos e propostas e muitos consideram a instalação de restaurantes e outros atrativos nesses parques”, conta o secretário.

A assinatura do contrato deverá ocorrer entre os meses de agosto e setembro.

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