Publicada em 19/10/2020 às 9h48
Por Eduardo Fiora (via Observatório Leopoldina)
Um restaurante montado em pleno canteiro da Avenida Gastão Vidigal em frente à Ceagesp. A oferta de um cardápio variado em 600 marmitas disponibilizadas : carne moída, legumes, massas, entre outras opções.
À mesa uma legião de excluídos fornada por Marias e Josés, Antônios e Aparecidas, sendo servida por ativistas desempenhando o papel de garçons e garçonetes. Foi assim que o projeto “Gente é pra brilhar, não pra morrer de fome”, com ações simultâneas em várias cidades do Brasil, marcou o sábado na Vila Leopoldina, servindo refeições para pessoas em situação de vulnerabilidade, em particular a população em situação de rua. O projeto é uma iniciativa do coletivo Banquetaço, em parceria com organizações do terceiro setor, como Slow Food e Gastromotiva. Na Leopoldina, a ação teve o decisivo apoio do movimento O Amor Agradece, Mobiliza Jaguaré, Instituto Baru, Sopao das Manas, Fruta Imperfeita, Pontes da Terra, Associação Aviva, Ação de Rua – SP Xamaxama e Creative Commes.
O Banquetaço aproveitou a Semana Mundial da Alimentação para passar uma mensagem inequívoca, que permeou o evento na Gastão Vidigal. “A fome é um fenômeno cheio de significados. Ela é resultado das desigualdades entre as classes sociais, raça e gênero e, também, da concentração de terras. Mesmo com a redução da fome em alguns períodos, por causa do acesso às políticas públicas, a questão da fome, no Brasil, nunca foi encarada de maneira profunda”.
No contexto do Marmitaço e da vulnerabilidade existente no território, há quem peça a atenção do governador João Doria. “A Leopoldina precisa do Restaurante Bom Prato, projeto do governo estadual. Pedimos isso desde 2013”, afirma Luciana Pazzini, coordenadora do Fórum Social Leopoldina.
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