Publicado às 9h20
G1 São Paulo
Um total de 64 policiais militares paulistas estão afastados das ruas atualmente por serem alvo de investigações que apuram o possível excesso em ocorrências que resultaram em mortes de pessoas durante abordagens. É o que aponta levantamento feito pela Corregedoria da Polícia Militar do Estado de São Paulo.
Esse número inclui suspeitos de crimes mortos em supostos confrontos e situações como a ocorrida nesta quinta-feira (1º), na Zona Sul de São Paulo, em que um motorista de 24 anos morreu com um tiro na cabeça disparado por um soldado da Polícia Militar durante uma abordagem de rotina. O policial foi preso por homicídio culposo (quando não há intenção de matar) e solto após pagar fiança de R$ 1.000.
Só nos últimos dias (de quinta-feira, dia 1º, para cá) cinco policiais militares foram afastados das ruas e agora cumprem tarefas administrativas, dentro dos quartéis da corporação, por terem se envolvido em duas ocorrências com morte na capital paulista.
De acordo com a Secretaria Estadual da Segurança Pública, entre janeiro e setembro deste ano, o Estado de São Paulo registrou um aumento de 5% na quantidade de pessoas mortas por policiais militares em serviço. No período, houve um salto de 454 para 477 mortes. As mortes cometidas por PMs de folga em todo o Estado, no mesmo período, caíram 31%. O número de PMs mortos neste ano também cresceu na comparação com 2017.
No dia 9 de outubro, a GloboNews revelou que o número de policiais militares e civis presos em todo o Estado de São Paulo cresceu entre janeiro e agosto deste ano.
A Secretaria de Segurança Pública (SSP) disse em nota que desenvolve medidas para reduzir a letalidade policial ao longo dos últimos anos. “Toda a ocorrência é acompanhada e analisada pelas corregedorias das polícias para constatar se a ação foi necessária e adequada, visando à legítima defesa do policial e de terceiros. De janeiro a setembro, foram detidas 174.057 pessoas em flagrante e por mandado. Em igual período, 477 morreram ao confrontar a PM durante o serviço, ou seja, 0,27% do total de prisões.”
Adicione Comentário