Publicado 03/04, às 12h20
Por Cristina Braga
A pandemia do novo coronavírus, especialmente no Brasil, está deixando rastros impagáveis na economia do nosso país, com o comércio baixando as portas – aqueles que não prestam serviços essenciais –, apontando significativas quedas de faturamento. Alguns comerciantes, inclusive, apostaram forte no delivery para continuar produzindo seus serviços e produtos. Então, como podemos atravessar a pandemia com o mínimo de prejuízos?
Vamos fazer contas. Se os pequenos negociantes são responsáveis pela metade dos empregos formais no país e quase um terço de toda a riqueza, eles precisam justamente de nós, consumidores, para se manterem e segurar os empregados. É o comerciante do bairro, aquele que você conhece há muitos anos, que mais precisa de incentivos para continuar “respirando”. Comprar do pequeno negócio faz o dinheiro circular pelo seu bairro.
“Nesse momento de muitas dificuldades e incertezas, valorizar o comércio local é fundamental para a manutenção dos empregos na região. Assim, contribuímos para que esses negócios, que tanto colaboram para o desenvolvimento local, sejam mantidos”, considera Leonardo Ramos, superintendente da Distrital Noroeste da ACSP (Associação Comercial de São Paulo).
Vimos uma verdadeira rede de apoio sendo criada nos condomínios e na vizinhança, por meio de aplicativos que sugerem a compra na banca do Zezinho, ou açougue do seu Manoel, além das “quentinhas” do restaurante da Dona Maria, avisando que é ideal circular em pequenas distâncias, sem aglomerações, dando fôlego ao comércio do bairro. É verdade que o consumo local afeta até o trânsito, já que produz menos deslocamentos pela cidade, além de contribuir para o meio ambiente, com a redução da emissão de gases poluentes de carros e ônibus.
O próprio SEBRAE avalia como vantajosa a compra em pequenos negócios, “pois o consumidor ajuda no fortalecimento dos pequenos e médios empreendedores”. “Há estímulos para a empresa inovar, melhorar seu desempenho e aperfeiçoar o atendimento.”
É o círculo do Bem (do consumo, da mercadoria) para o bem de todos.
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