Publicado em 06/01/2023 às 10h30
por Redação
Com a “dispersão” da Cracolândia, usuários de drogas e traficantes têm se espalhado por diversos pontos da capital, aumentando a sensação de insegurança entre moradores e comerciantes de regiões próximas, como os arredores do Minhocão. Num caso recente, um morador da Barra Funda foi seguido por criminosos armados até o portão do prédio onde mora para, então, ser assaltado. Segundo ele, que teve dois celulares roubados, um dos bandidos ainda puxou sua bolsa com agressividade e o derrubou no chão. Documentos e o uniforme de trabalho ficaram jogados em frente ao prédio, enquanto o criminoso fugia a pé. Hoje, a vítima tem medo de circular livremente pela região. O caso foi registrado no 23 DPº, de Perdizes, onde são contabilizados mais de 2,3 mil casos desse tipo por mês. Para o morador, que preferiu não se identificar, a violência atinge quem mora e trabalha na região. O caso ganhou destaque no programa Brasil Urgente, da Band.
Migração para a Leopoldina
A migração de usuários de drogas não é apenas localizada, mas também um fenômeno que se multiplica por vários pontos da capital, por meio das chamadas “microcracolândias”. Na Vila Leopoldina, a Gastão Vidigal se tornou refúgio para moradores de rua nos últimos anos, principalmente durante a pandemia. Eles vivem em barracas improvisadas no canteiro central da via em razão da proximidade com a Ceagesp. Mas agora o endereço virou também point de usuários de drogas, que passaram a se concentrar na região por conta do movimento e suas facilidades, gerando medo nas centenas de trabalhadores que aguardam seus ônibus nas paradas da avenida.
As microcracolândias são pequenos grupos compostos por até 50 dependentes químicos, em média. Mas nem a Prefeitura sabe ao certo quantas são na cidade ou quantos usuários cada uma delas reúne. Por outro lado, para os moradores da Leopoldina e Barra Funda, a situação é bem concreta.
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