Publicado em 18/10, às 12h
Por Priscila Perez
Cerca de R$ 600 milhões estão em jogo se a Prefeitura de São Paulo concretizar a venda de 41 terrenos públicos – todos localizados em bairros valorizados – à iniciativa privada. A comercialização desse pacotão imobiliário, que contabiliza 300 mil metros quadrados, foi aprovada pela Câmara Municipal pelo placar de 34 a 15 na última quarta-feira, 16 de outubro. A iniciativa faz parte do Plano Municipal de Desestatização e segue agora para sanção, ou veto, do prefeito Bruno Covas (PSDB).
Além da cessão dos bens públicos, o projeto também autoriza a doação de duas áreas do município à UNIFESP e uma à União, que irá manter a atual concessão da Marinha do Brasil.
Bairros valorizados
Os imóveis estão espalhados pela cidade, mas, sobretudo, em regiões bem disputadas pelo mercado imobiliário como Itaim Bibi, Vila Olímpia, Vila Nova Conceição e Moema.
Segundo Rogério Ceron, diretor da SP Parcerias, todos os terrenos listados ainda serão analisados pelo poder público antes de serem colocados à venda. “Há tranquilidade em afirmar que cada um desses imóveis vão ser objeto de análise, com um rito processual muito claro e transparente que garante que só serão alienadas, de fato, as áreas que não cumprem uma função pública relevante para o município”, explica.
Transtornos
Tudo isso, em teoria, para evitar inconvenientes à população. Porém, a atual lista inclui imóveis importantes, como o localizado na Rua Baluarte, 162, na Vila Olímpia. Há uma escola municipal nesse terreno e, ao lado, um centro de treinamento desativado. Na Consolação, outra escola também corre risco de ser despejada. E na Avenida Henrique Schaumann, um centro de convivência do idoso está no radar da Prefeitura.
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