Publicado às 8h30
Por Cristina Braga
Desde que o consórcio responsável por comandar a Linha 6-Laranja do Metrô interrompeu as negociações com o Governo do Estado, os canteiros de obras sofreram com abandono, lixo e até falta de segurança. Na Pompeia, por onde o ramal deverá passar, os imóveis continuam cercados por tapumes em estado de degradação maior.
Com as obras da Linha 6-Laranja paralisadas desde 2016, sem qualquer definição de como e quando a construção será retomada, os canteiros que antes concentravam os trabalhos de escavação passarão a ser fiscalizados mensalmente pelo Tribunal de Contas, segundo publicação do Diário Oficial do último dia 26 de fevereiro.
O Tribunal de Contas do Estado (TCE) pediu que fossem tomadas medidas a partir das reclamações de moradores próximos às futuras estações. No terreno onde funcionará a Estação Freguesia do Ó, por exemplo, caçambas acumulam lixo, e nenhum funcionário trabalhava nas obras. Apenas vigias têm se revezado para evitar que vândalos entrem no local, segundo relato de munícipes.
Em resposta, a Subprefeitura Freguesia/Brasilândia afirma que os serviços de limpeza e zeladoria no entorno
da área são realizados regularmente pelas equipes da Empresa Trevo. Segundo o Município, o local é um ponto
viciado de descarte irregular de lixo.
As obras da Linha 6 do Metrô tiveram início em 2015. A concessionária Move São Paulo alegou que não poderia
dar continuidade ao projeto por falta de verba. Em dezembro de 2018, o contrato com o Governo de São Paulo entrou em processo de caducidade, previsto no decreto estadual nº 63.915/2018.
Já a Secretaria de Transportes Metropolitanos reiterou, em nota, que responderá à solicitação do TCE para acompanhar, mensalmente, os trabalhos de transição dos canteiros de obras da Linha 6 para a STM.
Adicione Comentário