Publicado em 11/12, às 12h20
Por Priscila Perez
Após rumores envolvendo a famigerada Linha 6- Laranja do Metrô, paralisada há mais de dois anos, finalmente foi anunciada a empresa que retomará as suas obras. A espanhola Acciona foi quem comprou parte do consórcio “Move SP” (formado pela Odebrecht, Queiroz Galvão e UTC), que era responsável pela construção do ramal ligando a Brasilândia ao centro da capital.
Com a novidade, o projeto da Linha 6-Laranja tem tudo para sair do papel no futuro, mas o cronograma está bastante atrasado. Segundo Alexandre Baldy, secretário dos Transportes Metropolitanos, o prazo para a entrega à população será de quatro anos a partir da retomada das obras. Porém, ainda não há qualquer definição de quando isto ocorrerá. “A conclusão das 15 estações, que totalizam 15.3 quilômetros, deve ser em até quatro anos após a retomada.”
Imbróglio
A Linha 6-Laranja também estava no radar da empresa CR20, subsidiária da China Railway Construction Corporation (CRCC). A asiática era uma das empresas interessadas em negociar a compra da concessão do ramal. A construção da linha envolve um investimento de R$ 10 bilhões, mais ou menos.
Com 15 km de extensão e 15 estações, a Linha Laranja foi apelidada de “linha das universidades” por ter em seu trajeto instituições de ensino como PUC, Mackenzie e FAAP.
Para se ter ideia, ela foi anunciada ainda na gestão José Serra (PSDB), em 2008, que prometeu colocá-la em operação em 2012. Apesar disso, as obras só começaram em 2015, mas pouco avançaram de lá para cá. No ano seguinte, o consórcio alegou que não poderia dar continuidade à construção por falta de dinheiro. E para piorar, as empresas que comandavam o consórcio também estavam envolvidas na operação Lava Jato por lavagem de dinheiro e pagamentos de propina. “Todas essas condições que eram imprevisíveis e acabaram culminando na paralisação da linha 6”, explicou o secretário.
Adicione Comentário